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Realidade virtual ajuda crianças com autismo a viver mundo real

22 jan 2020 - 16h11
(atualizado às 20h35)
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Uma clínica especializada na Inglaterra está usando dispostivos de realidade virtual e mineração de dados para ajudar crianças com autismo a se acostumarem com situações que provavelmente encontrarão fora da escola.

Pessoas com óculos de realidade virtual em Berlim, Alemanha 
22/0/2019
REUTERS/Hannibal Hanschke
Pessoas com óculos de realidade virtual em Berlim, Alemanha 22/0/2019 REUTERS/Hannibal Hanschke
Foto: Reuters

Os funcionários da Prior's Court, localizada em Berkshire, sul da Inglaterra, esperam que a abordagem ajude os alunos a se adaptarem ao mundo real e a desfrutarem novas experiências, como esquiar ou mergulhar.

Os cenários de realidade virtual introduzem as crianças a situações como visitar um shopping ou entrar em uma aeronave, sem deixar o conforto e a segurança da sala de aula.

"Nossos jovens têm dificuldades com questões sensoriais, de modo que podem achar assustador ir a lugares muito cheios de pessoas ou fazer a transição para um novo lugar", disse à Reuters Nuno Guerreiro, professor de computação da Escola Prior's Court School.

"Eles gostam do que é familiar, da rotina. Portanto, os dispositivos de realidade virtual permitem que eles vivenciem novas realidades e provavelmente os ajudem a fazer a transição quando precisam enfrentar um novo lugar."

A Prior's Court cuida de cerca de 95 jovens no espectro extremo do autismo, incluindo muitos que são incapazes de comunicar suas necessidades.

A instituição também espera que a tecnologia big data possa ajudar. Eles estão testando um novo sistema de coleta de dados, chamado Prior Insight, que reunirá uma imagem detalhada do dia de cada jovem, incluindo o que eles comeram, quanto exercício fizeram e como estão se comportando.

"Essas informações analisam incidentes; convulsões, consumo de alimentos e bebidas, consumo de produtos de higiene, cuidados pessoais, quaisquer atividades que eles tenham realizado e dados sobre o sono", disse a líder do projeto Elaine Hudgell.

"Esperamos não apenas aumentar nosso conhecimento e conscientização sobre o mundo dos jovens com autismo na Prior's Court, mas também esperamos poder compartilhar isso com o mundo do autismo em geral", acrescentou Hudgell.

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