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Presidente do BNDES diz que plano de recuperação da Oi é incompleto

23 out 2017 - 21h22
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O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, disse nesta segunda-feira que o plano de recuperação judicial apresentado pela operadora de telecomunicações Oi ainda é incompleto e insuficiente para uma avaliação do banco.

"Eu não consigo nem avaliar o que foi apresentado. Só no Brasil o que foi apresentado (pela Oi) pode-se chamar de plano. Eu acho que, por enquanto, não temos um plano", disse Rabello de Castro em evento do setor de papel e celulose em São Paulo.

O banco é credor de 3,3 bilhões de reais da operadora de telefonia móvel e é o único com garantia real. A empresa ingressou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, sob peso de dívidas de cerca de 65 bilhões de reais, e até agora não conseguiu acordo com credores para aprovação de um plano de reestruturação. A última versão do plano de recuperação da empresa foi apresentada em 11 de outubro.

Rabello de Castro afirmou também que o BNDES está disposto a tomar atitudes "dentro da racionalidade econômica" para colaborar com a recuperação da Oi, mas não deu detalhes.

"Qualquer coisa nessa linha intervencionista só nos prejudica, seja como acionista, ou como credores", disse Rabello de Castro ao ser questionado sobre a possibilidade de decisão de intervenção na companhia pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que está avaliando se abre um processo para isso.

Nesta segunda-feira, a assembleia de credores da Oi que até semana passada estava prevista para esta segunda-feira foi adiada pela terceira vez. A reunião passou para 10 de novembro, após a Anatel ter rejeitado proposta da operadora para converter multas de 5 bilhões de reais em investimentos.

"Nós queremos o bem da empresa, agora, nós precisamos ter uma perspectiva de fato, confiável, no sentido de ter clareza sobre o que será feito, no sentido de que quem apresentar o plano tem que mostrar que tem fichas para botar no jogo e não apenas dizer que tem uma ideia...O que foi apresentado é incompleto", disse o presidente do BNDES.

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