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Presidente da Apple discorda de Trump sobre Charlottesville e promete doações a grupos de direitos humanos

17 ago 2017 - 10h45
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O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, aderiu a um coro de líderes empresariais que se manifestaram contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois que ele culpou igualmente nacionalistas brancos e ativistas antiracismo pela violência no país no final de semana passado.

Presidente-executivo da Apple em conferência anual de desenvolvedores da empresa em San Jose, Estados Unidos
5/6/2017  REUTERS/Stephen Lam
Presidente-executivo da Apple em conferência anual de desenvolvedores da empresa em San Jose, Estados Unidos 5/6/2017 REUTERS/Stephen Lam
Foto: Reuters

"Eu discordo do presidente e de outros que acreditam que há uma equivalência moral entre supremacistas brancos e nazistas e aqueles que se opõem a eles ao defender direitos humanos. Igualar os dois vai contra nossos ideais como norte-americanos", escreveu Cook em mensagem enviada aos funcionários da Apple, na quarta-feira, e divulgada pelo site de tecnologia Recode.

Cook também afirmou na mensagem que a Apple vai doar 1 milhão de dólares cada para o Southern Poverty Law Center e para o Anti-Defamation League.

"Independente de nossas visões políticas, precisamos nos unir neste ponto, que somos todos iguais. Como companhia, por meio de nossas ações, nossos produtos e nossa voz, sempre vamos trabalhar para garantir que todos sejam tratados igualmente e com respeito", escreveu Cook.

A carta de Cook surgiu horas depois que Trump desmontou dois conselhos empresariais de alto padrão depois que vários presidentes de companhias renunciaram em protesto contra suas declarações sobre a violência em Charlottesville, nas quais culpou ativistas que protestavam contra o racismo da mesma forma que os supremacistas brancos pela morte de uma mulher de 32 anos.

"Houve eventos nos últimos dias que me perturbaram profundamente e eu tenho ouvido de muitas pessoas na Apple manifestações de tristeza, revolva ou confusão", disse Cook.

"O que ocorreu em Charlottesville não tem lugar no nosso país. Ódio é um câncer e se o deixarmos impune vai destruir tudo em seu caminho. As cicatrizes dele duram por gerações. A história nos ensinou isso repetidas vezes, tanto nos Estados Unidos quanto ao redor do mundo", acrescentou Cook.

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