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Planos da China de lançar mercado acionário no estilo Nasdaq anima startups

7 jan 2019 - 14h12
(atualizado às 17h09)
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As ambições chinesas para um segmento acionário no estilo Nasdaq de startups animou empresas de tecnologia do país, que estão esperançosas de poder contornar complexos obstáculos para abrir o capital e acessar recursos mais facilmente.

Bandeira da China em terreno onde será construída fábrica da Tesla em Xangai
16/12/2018 REUTERS/Yilei Sun
Bandeira da China em terreno onde será construída fábrica da Tesla em Xangai 16/12/2018 REUTERS/Yilei Sun
Foto: Reuters

O anúncio surpreendente do conselho de inovação em tecnologia planejado por Xangai foi feito no início de novembro pelo presidente Xi Jinping, abrindo caminho para um limite de listagem de empresas menores, potencialmente eliminando a exigência de que companhias iniciantes precisem ser lucrativas.

Para Pequim, a medida deve ajudar a conter os controles norte-americanos sobre empresas de tecnologia e atrair a próxima geração de empresas hi-tech para listagem no mercado doméstico.

Algumas das marcas mais conhecidas da China como o portal de ecommerce Alibaba e a gigante de jogos e mídia social Tencent listaram ações em Nova York e Hong Kong.

Em 2018, companhias chinesas levantaram 64,2 bilhões de dólares, quase um terço do total no mundo, por meio de ofertas iniciais de ações (IPOs), mas apenas 19,7 bilhões de dólares foram de listagens em Xangai ou Shenzhen, segundo a Refinitiv. Em Hong Kong, os IPOs movimentaram 35 bilhões de dólares.

O intenso interesse em um novo segmento acionário, mesmo antes de regras concluídas, ressalta a importância de empresas privadas da China terem fontes alternativas de financiamento.

"Nosso negócio está no campo de segurança da rede de informação e tecnologia de codificação, e somos regulados pelo Partido (Comunista). Então não podemos receber capital estrangeiro ou listar ações no exterior", disse Tan Jianfeng, presidente do conselho de administração da PeopleNet.

Segundo o Hurun Report, a China tinha 181 unicórnios ao fim de setembro, superando os Estados Unidos como o país com o maior número de startups avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares.

Desde que os planos de uma nova bolsa foram anunciados pelo presidente Xi, autoridades vêm se empenhando para elaborar as regras detalhadas, que devem ser divulgadas neste mês, para estreia até junho, informou o 21st Century Business Herald.

O novo segmento acionário, que será implementado pela Bolsa de Valores de Xangai, incluirá um sistema de registro, para retirar o controle oficial do processo de IPO que tem uma lista de candidatos a abertura de capital com tempo de espera de anos.

A iniciativa ainda deve permitir a listagem de ações por companhias ainda não lucrativas - uma prática comum em mercados de tecnologia como Nova York e, mais recentemente, Hong Kong.

"Para indústria de venture capital, a primavera está chegando. E espero que a primavera seja duradoura", afirmou Andrew Qian, presidente do conselho e presidente da New Access Capital, consultoria financeira e de investimento de Xangai.

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