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Pioneiro do antivírus McAfee posta da cadeia: "café é excelente"

6 dez 2012 - 14h51
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O pioneiro do antivírus John McAfee, preso na madrugada desta quinta-feira na Guatemala após fugir de Belize, país onde é suspeito de homicídio, postou em seu bloh nesta quinta-feira sua situação na cadeia. "Estou na prisão na Guatemala. Muito superior as de Belize. Eu pedi um computador e um apareceu magicamente. O café também é excelente", escreveu em uma das quatro postagens.

O programador e fundador da empresa fabricante de antivírus McAfee é fotografado ao lado de um agente da Interpol após prisão
O programador e fundador da empresa fabricante de antivírus McAfee é fotografado ao lado de um agente da Interpol após prisão
Foto: Reuters

McAfee foi preso por suspeita de ter entrado no país ilegalmente, segundo fontes oficiais. Horas antes, o milionário concedeu diversas entrevistas no país e fez um pedido formal de asilo à Guatemala sob o argumento de que é "um perseguido político" do governo de Belize, país no qual se radicou em 2008.

"Eu estou usando o computador de um dos guardas, o seja qual for o nome que usam aqui. Ele é um homem gentil e cavalheiro. O homem está cheio de pessoas gentis. Ele me faz café e conta histórias sobre sua vida. É um bom companheiro. Acho que poderia passar semanas no deserto com ele como única companhia sem ficar uma única vez irritado. Se nome é Ginno Ennati", postou.

Ele disse também que o seu advogado levou um juiz até a prisão. O magistrado, segundo ele, teria assinado uma ordem de suspensão para sua extradição para Belize até que um juiz superior analise o caso. Em outro texto, McAfee lamentou a falta de ajuda na embaixada americana no país. Ele disse que falou com um oficial de serviço, que disse que não poderia fazer nada para mandá-lo de volta aos Estados Unidos. "Alguém tem amigos no Departamento de Estado?", questionou. E

Ele disse que Samantha, sua noiva, está bem e com o seu advogado. Ele comentou um dos comentários deixados em seu blog, perguntando se ele nunca teve vontade de se matar. "Eu gosto de viver, e o suicídio é absurdamente redundante. O mundo, desde os primórdios, joga vírus, acidentes, animais famintos, com defeito de DNA - e incontáveis coisas mais - em uma tentativa de nos matar. Ele sempre tem sucesso. Suicídio é simplesmente cumplicidade", respondeu.

Entenda o caso

John McAfee é o principal suspeito do assassinato do expatriado americano Gregory Faull, seu vizinho em San Pedro, Belize, país da costa nordeste da América Central, ao lado do México e da Guatemala. Faull foi encontrado morto com um tiro na cabeça na noite do dia 10 de novembro em sua casa. A polícia procurou McAfee no domingo (11) para interrogatório, mas ele se enterrou em um buraco na areia da praia, de onde observou a movimentação policial por 18 horas, e escapou dos agentes.

Para continuar fugindo da polícia, McAfee também pintou o cabelo. No dia 4 de dezembro, ele chegou à Guatemala, onde pede asilo político. Ele cruzou a fronteira entre os dois países ilegalmente acompanhado da sua noiva. De acordo com o jornal El País, o milionário andava armado como um mercenário em Belize. Desde que iniciou sua fuga, McAfee acusou ex-funcionários de planejarem incriminá-lo e matá-lo e, em uma entrevista, negou ser paranoico.

Segundo McAfee, que vem relatando sua fuga em um blog, ele está 'na mira' das autoridades desde que se negou a fazer uma contribuição a um político local. Em abril deste ano, ele teve sua casa em Belize invadida por policiais, que encontraram um laboratório de química, US$ 20 mil e um estoque de armas de fogo. McAfee chegou a oferecer US$ 25 mil como recompensa para quem provar sua inocência. Em 2010, McAfee vendeu para a Intel a empresa que criou em 1980. Desde então, não tem mais participação na companhia, que ainda leva seu nome.

Fonte: Terra
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