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Philco estreia no mercado de celulares com aparelho de R$ 999

Apesar de histórico ruim de marcas brasileiras no segmento, empresa espera que combinação de especificações e preço convençam o consumidor

6 mai 2020 - 13h00
(atualizado às 16h15)
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Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece. A Philco, marca mais conhecida por suas TVs, espera que o seu primeiro smartphone na história também entre para a lembrança dos brasileiros. A empresa anunciou nesta quarta, 6, a sua estreia no segmento com o Hit PCS01, um dispositivo Android que terá preço sugerido de R$ 999, além de ganhar outros descontos no varejo.

A estreia não ocorre em um momento simples. A produção global de smartphones deve ter queda recorde de 16,5% no segundo trimestre, segundo a TrendForce - impacto causado especialmente pela pandemia do novo coronavírus.

"Sabemos que o mercado em 2020 será difícil, mas as pessoas não deixarão de comprar smartphones. É por isso que escolhemos um produto nessa faixa de preço. O consumidor pode diminuir o poder de compra, mas não vai deixar de comprar. E por outro lado, ela vai tentar ir atrás de um aparelho com boas especificações. Sentimos que temos um celular com preço bom e com boas especificações", disse Rafael Morais, coordenador de produtos e engenharia da Philco, em resposta ao Estado em videoconferência realizada com jornalistas.

O Hit PCS01 tem tela IPS LCD de 5,45 polegadas e resolução HD, processador de oito núcleos A55 com arquitetura ARM, 4 GB de memória, 64 GB de armazenamento (com entrada para cartão microSD de até 128 GB), bateria de 4.000 mAh e leitor de impressões digitais. A câmera traseira é dupla e tem 13 MP no sensor principal; a frontal tem 5 MP. Além disso, ele roda uma versão quase pura do Android 9, sem muitos apps pré-instalados ou intervenções no sistema operacional. Ainda assim, é uma faixa de preços e de especificações disputada e que, mesmo com a pandemia, não deixou de ganhar concorrentes. No domingo, 3, a Nokia anunciou o retorno ao Brasil com um um aparelho de R$ 900.

Além da disputa, a Philco encara um histórico desfavorável - outras marcas brasileiros de eletroeletrônicos já se aventuraram sem muito sucesso no mundo dos smartphones. Na última década, já tiverem seus próprios celulares nomes como Semp, CCE, Gradiente e Itautec.

"Essa é uma questão de posicionamento. Tem marcas que brigam com produtos muito baratos e com o mínimo possível para rodar o Android. Não é o nosso foco. Queremos entregar produtos com bom desempenho", diz Morais. A empresa, inclusive, já prepara os sucessos do Hit, o Hit Plus e o Hit Max, com melhorias nas especificações, incluindo Android 10 - devem ser lançados em breve, segundo o executivo.

Inicialmente, os aparelhos serão importados. Segundo Morais, a crise do coronavírus, que fechou fábricas na China e abalou o varejo global, não atrasou a importação e a estratégia de lançamento do Hit PCS01. O Hit Plus e o Hit Max sofreram impacto mínimo, de apenas algumas semanas, segundo ele.

Por aqui, a Philco contará com o comércio online e com hipermercados, que estão abertos por venderem produtos essenciais, para comercializar o novo aparelho. Nos pontos físicos, os celulares deverão ficar próximos às TVs da marca. A ideia é transferir o conhecimento do consumidor de um produto para o outro. Se o consumidor se lembrará da Philco, ainda não é possível saber. Mas para a marca já é um acontecimento inesquecível.

Estadão
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