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Pedidos chineses de propriedade intelectual disparam, é difícil dizer se país joga limpo, diz ONU

21 mar 2018 - 18h15
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A China é agora um importante produtor de tecnologias inovadoras, ultrapassando por pouco o Japão para se tornar a segunda maior fonte de aplicações para patentes, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

O crescimento acelerado da China em propriedade intelectual levou a acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país teria roubado ideias norte-americanas, mas o chefe da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), disse que é difícil dizer.

"A realidade é que um novo competidor chegou", disse o diretor-geral da WIPO, Francis Gurry, em coletiva de imprensa em Genebra.

"Nós vamos apenas observar o que acontece agora, mas eu diria que a realidade comercial, econômica e geopolítica que temos que reconhecer é que a China chegou como um grande competidor tecnológico."

Mantidas as taxas atuais, a China superará os EUA para se tornar a maior fonte de aplicações de patentes internacionais no sistema da WIPO em três anos, disse a entidade.

Os principais candidatos à patentes na WIPO em 2017 foram as empresas de tecnologia chinesas Huawei e ZTE Corp, seguidas pela norte-americana Intel Corp, a japonesa Mitsubishi Electric Corp e a norte-americana Qualcomm Inc.

As aplicações da China para marcas registradas internacionais no sistema da WIPO subiu 36 por cento no ano passado e ficou claro que o país deixou de ser um consumidor de tecnologias para se tornar um produtor de tecnologia, colocando-o no centro da corrida global de inovação, disse Gurry.

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