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Parlamentares dos EUA questionam projeto do Google de voltar à China

O governo norte-americano perguntou se a empresa vai se submeter às exigências de censura do governo chinês e como ela vai proteger os seus usuários no país

14 set 2018 - 12h47
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Um grupo de 16 parlamentares dos Estados Unidos questionaram o Google nesta quinta-feira, 13, sobre seu projeto de voltar com o buscador para a China, perguntando se a empresa vai se submeter às exigências de censura do governo chinês e como ela vai proteger os seus usuários no país.

A carta dos parlamentares norte-americanos questionou se o Google "garantirá que os cidadãos chineses ou os estrangeiros residentes na China, incluindo americanos, não sejam monitorados por serviços da empresa".

No começo de agosto, o site americano The Intercept noticiou os planos da empresa de penetrar no mercado chinês, mas com uma restrição que preocupa as autoridades, os funcionários do Google e grupos de direitos humanos: a versão do buscador na China poderia bloquear certos termos e sites específicos para conseguir o aval do governo.

O democrata David Cicilline, um dos signatários da carta, escreveu no Twitter que " o Google não deveria estar ajudando a China a reprimir a liberdade de expressão e a dissidência política".

O Google não respondeu diretamente à carta dos parlamentares, mas disse em nota que está "investindo há muitos anos para ajudar usuários chineses" e disse que o desenvolvimento de seu buscar na China ainda está em estágio inicial, "nem perto de ser lançado".

Interesse. O desejo da empresa de voltar a atuar na China depois de oito anos fora não é por acaso: o país é considerado maior mercado de consumidor do mundo. Assim, um retorno à China poderia significar ao Google a adesão de nada mais e nada menos que 1 bilhão de usuários novos aos seus serviços, hoje, com base estável no Ocidente.

Além dos parlamentares, mais de mil funcionários do Google e ao menos 14 grupos de direitos humanos já pediram a empresa que dê explicações sobre as suas estratégia no mercado chinês.

Estadão
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