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OLX lança solução de pagamento e serviço de entrega com Correios

Para presidente executivo, novos lançamentos ajudarão empresa a controlar jornada do consumidor e não só cuidar dos classificados; investimento em tecnologia está crescendo

24 jul 2020 - 05h11
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A empresa de classificados online OLX Brasil está lançando nesta sexta-feira, 23, duas funções importantes: uma solução de pagamentos própria e um serviço de entrega terceirizada, com parceria com os Correios. Até o momento, a empresa só permitia pagamento e entrega dos produtos diretamente entre compradores e vendedores. Ao contrário de outros serviços de comércio online, a OLX só atua no modelo de venda entre duas pessoas físicas, operando cerca de 2 milhões de transações por mês. No ano passado, a empresa ajudou a transacionar R$ 140 bilhões em produtos.

"Serão serviços opcionais para os usuários, mas vamos garantir a facilitação da transação, aumentando a confiança e segurança da plataforma", diz Andries Oudshoorn, presidente executivo da OLX Brasil, em entrevista exclusiva ao Estadão. As duas novidades começam a funcionar para vendedores e compradores no Estado de São Paulo nesta semana e chegarão a todo o território nacional no início de agosto.

Com as funcionalidades, será possível pagar produtos em cartão de crédito com segurança, em até 12 vezes sem juros, ou enviar o produto a distância - algo importante em tempos de pandemia. Segundo Oudshoorn, mesmo que a venda seja feita em parcelamento, o vendedor poderá receber o valor total no dia seguinte à confirmação da transação.

Toda transação feita pelo OLX Pay terá o pagamento de uma comissão pelo vendedor, nos moldes do que já é praticado por outros concorrentes do mercado. "Estamos testando vários tipos de taxa, dependendo do produto vendido", diz Oudshoorn. Além disso, os usuários também passarão a ter uma carteira digital, que poderá ser usada para pagamentos dentro da plataforma.

A OLX Brasil também vai lançar nesta semana o Compra Segura, um recurso que intermedia a transação entre comprador e vendedor caso haja algum problema na entrega, permitindo a devolução do item ou do valor pago em caso de desacordo. Segundo Oushdoorn, os recursos todos estavam sendo planejados dentro da empresa desde o final de 2019, mas o desenvolvimento foi acelerado para dar conta da demanda durante a pandemia do novo coronavírus.

"Muita gente perdeu o receio de comprar online e nós decidimos que precisávamos acelerar essas funcionalidades", diz. Para o executivo, a crise atual está acelerando novas mudanças de comportamento. "Na crise econômica dos últimos anos, as pessoas entenderam o que era comprar itens usados. Agora, compram online. É uma cultura inteira que está mudando e, para lançar essas funções, tivemos de mudar todo o fluxo da operação dentro do site da OLX, envolvendo diversas equipes entre os nossos 800 funcionários."

Expansão

Segundo Oudshoorn, a ideia por trás das duas funcionalidades é conseguir ajudar os usuários da OLX em toda a sua jornada - e claro, faturar com isso. "Percebemos que muitas vezes, havia fricção na transação em algo que não controlávamos, como a entrega ou o pagamento", diz ele. Nenhuma das funcionalidades, porém, será obrigatória para os usuários. "Ainda assim, se conseguirmos que 100 mil das 2 milhões de transações mensais forem feitas com o OLX Pay, isso já vai ser uma fonte de receita relevante para nós."

A expectativa do executivo é seguir investindo em tecnologia e automatização de processos para os próximos meses - a OLX Brasil tem cerca de 40 vagas abertas e, após a aprovação regulatória do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, deve unir seu time ao do Grupo ZAP, cuja aquisição foi anunciada pela empresa no primeiro semestre por R$ 2,9 bilhões.

Outra expectativa para os próximos meses é a compra do negócio de classificados do Ebay por uma das controladoras da OLX Brasil, a Adevinta - a transação foi anunciada nesta semana por US$ 9,2 bilhões. "Não é algo que vai impactar diretamente nossa operação aqui, mas estaremos em contato para a troca de tecnologias e informações", afirma executivo.

Estadão
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