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'O profissional de tecnologia precisa estar antenado', diz diretor do Itaú

Salas enormes para diretores e equipes de tecnologia que só executam projetos são palavras do passado no banco, diz Ricardo Guerra, diretor de tecnologia da empresa

27 mai 2019 - 05h10
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Salas enormes para diretores e equipes de tecnologia que só executam projetos são palavras do passado no Itaú: hoje, quem visitar o novo centro de tecnologia da empresa, em São Paulo, verá um ambiente parecido com o de muitas startups.

"Hoje, diretores e analistas sentam todos juntos. É uma questão de acessibilidade: o diretor precisa circular e ajudar a resolver problemas", explica Ricardo Guerra, diretor de tecnologia do banco. Segundo ele, colocar a tecnologia dentro do negócio é essencial: "Não dá só para passar bastão: as equipes precisam estar integradas para resolver os problemas do cliente." 

O Itaú inaugurou há alguns meses um novo centro de tecnologia. O que mudou? 

Faz parte do processo de transformação digital: para nós, é entender a necessidade do cliente. É uma evolução que envolve vários aspectos, incluindo o ambiente. Antes, eu tinha uma sala gigante na empresa, maior que o meu quarto. Hoje, diretores e analistas sentam juntos. Não é sobre quebra de hierarquia, mas sobre acessibilidade. A ideia é que os diretores possam circular na empresa e ajudar a resolver problemas. 

Há mudanças na forma de desenvolver a tecnologia? 

Sim. Décadas atrás, o time de tecnologia só respondia a demandas. Hoje, não dá só para ficar passando bastões: as equipes precisam ser integradas para resolver os problemas do cliente. O profissional de tecnologia precisa estar integrado ao negócio e antenado com a melhor tecnologia disponível. Se você não usar internet das coisas, inteligência artificial ou nuvem, corre risco de ser mais lento ou mais caro. 

Como o Cubo, espaço de startups do Itaú, se relaciona com isso?

O Cubo tem uma função importante no banco: nos tirar da zona de conforto para entender evolução de ponta. Hoje, sei que os melhores empreendedores do País estão lá. Já o nosso centro é outra coisa: precisamos que as pessoas da organização tenham o mesmo jeito de pensar de quem está no Cubo. Não tem porque ser diferente só porque é dentro de casa. 

O Itaú é conhecido como um dos maiores empregadores de engenheiros do País. Muitos jovens, porém, estão interessados em startups. Está mais difícil contratar? 

Quanto mais se investe em tecnologia, mais gente se forma na área. Acho ótimo que mais gente queira trabalhar em startups. Hoje, o mundo é baseado em cooperação. No Vale do Silício há dinâmica maior: muita gente empreende, aprende e depois pode ir para uma empresa grande. É saudável: a entrada e saída de profissionais areja a equipe. 

Estadão
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