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Nos EUA, Uber passa a oferecer dados de transporte público em app

A partir desta quinta-feira, usuários do serviço em Denver verão opções de ônibus e trens lado a lado de carros particulares; no futuro, será possível até comprar passagens pelo app

31 jan 2019 - 17h25
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Os usuários do Uber que vivem em Denver, nos Estados Unidos, passaram a ter mais uma opção quando abriram o aplicativo em seus smartphones na manhã desta quinta-feira, 31. No novo serviço, chamado Uber Transit, o Uber oferece aos usuários informações sobre o transporte público na cidade, com horários e estações de ônibus e trens metropolitanos. É um primeiro passo para um objetivo antigo da empresa: se tornar uma central da mobilidade urbana.

No aplicativo, agora os usuários poderão consultar qual o caminho dos ônibus, a tarifa esperada e até mesmo qual a rota que devem seguir após descer do veículo. Para isso, a empresa integrou seu serviço à base de dados do aplicativo israelense Moovit, popular no Brasil e conhecido como o "Waze do transporte público".

Segundo a equipe do Uber, a ideia é desencorajar os usuários a utilizarem veículos pessoais e fornecer mais opções de transporte - seja um carro do Uber, uma bicicleta, um patinete ou, agora, ônibus e trens. Além de consultar dados do transporte público, os usuários do Uber poderão, daqui a cerca de um mês, comprar passagens de trens em Denver, a partir de uma parceria da companhia com a empresa de tíquetes Masabi.

"Devemos preparar o transporte público para o futuro e fazê-lo o mais competitivo o possível", disse Andrew Salzberg, chefe de transportes do Uber, ao site americano The Verge. "Temos confiança que trens e ônibus são de fato o melhor jeito de se locomover em muitas cidades e queremos propor isso aos nossos passageiros."

Transformar o Uber em uma central de mobilidade urbana tem sido uma meta do comando de Dara Khosrowshahi à frente da empresa - o iraniano está no cargo desde agosto de 2017, quando substituiu Travis Kalanick no Uber. Além de ajudar a limpar a imagem da empresa, desgastada por escândalos, Khosrowshahi também fez o Uber investir em bicicletas e patinetes elétricos - em 2019, a empresa deve trazer esses modais de transporte ao Brasil.

Para o Uber, não há temores de que as novas formas de transporte possam afetar o desempenho de seu negócio principal. "Temos uma história de canibalizar nossos serviços com versões mais baratas. Se há um jeito mais barato e melhor de levar alguém do ponto A ao ponto B, queremos que seja fácil fazer isso dentro do nosso aplicativo", explicou Salzberg.

A intenção da empresa é clara: tentar fazer com que os usuários não precisem de outro aplicativo (como o Moovit, o Google Maps ou até mesmo um rival na área de carros particulares, como Lyft nos EUA e 99 no Brasil) para resolverem seus problemas de transporte.

Estadão
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