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Nos EUA, Google é processado por monitorar localização de usuários

Empresa confirmou que rastreia celulares mesmo quando opção de privacidade está desativada após reportagem da AP; caso na Justiça californiana se segue a notícia

20 ago 2018 - 16h03
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O Google está sendo acusado em um processo, nos Estados Uniudos, de monitorar ilegalmente os movimentos de milhões de usuários de celulares iPhone e Android mesmo quando eles ajustam as configurações de privacidade dos aparelhos para evitar que isso aconteça.

Segundo a ação encaminhada no final da sexta-feira, 17, o Google falsamente assegura as pessoas que elas não serão rastreadas se desligarem o recurso "histórico de localização" dos celulares e, em vez disso, viola a privacidade ao monitorar e armazenar os movimentos dos usuários.

"A afirmação do Google de que o usuário pode desligar o histórico de localização a qualquer momento simplesmente não é verdade", afirma o processo encaminhado em um tribunal federal de São Francisco.

A ação foi aberta por Napoleon Patacsil, de San Diego, que busca status de processo coletivo em nome dos usuários do Android e de aparelhos da Apple nos Estados Unidos que desligaram o recurso de histórico de localização.

Ele está buscando reparação de danos não especificados por violação intencional das leis de privacidade do Estado norte-americano da Califórnia e intromissão nos assuntos pessoais dos usuários.

O suposto monitoramento do Google foi descrito em uma matéria da Associated Press publicada em 13 de agosto, que afirma que o assunto foi confirmado por pesquisadores de ciência da computação da Universidade de Princeton. O Google não comentou o assunto nesta segunda-feira.

Michael Sobol, advogado no escritório Lieff Cabraser Heimann & Bernstein, que representa Patacsil, não retornou pedidos de comentários. Patacsil afirma que o Google ilegalmente monitorou seus passos por meio de seu celular Android e depois fez o mesmo no iPhone, depois que ele fez download de alguns aplicativos da empresa.

A seção de ajuda do site do Google agora afirma que desligar o histórico de localização "não afeta outros serviços de localização" em celulares e que alguns dados de localização podem ser armazenados por meio de outros serviços, como busca e mapas.

Estadão
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