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No aniversário de 15 anos do Facebook, Zuckerberg faz textão e promete mais segurança

Fundador da rede social também defendeu o serviço de críticos, que, segundo ele, preferem enfatizar aspectos negativos

4 fev 2019 - 19h01
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Mark Zuckerberg decidiu comemorar o aniversário de 15 anos do Facebook de uma maneira que seus usuários conhecem bem: fazendo um longo texto sobre o assunto em seu perfil. Na primeira metade do texto, ele lembrou dos primeiros dias da rede social em Harvard, no qual conquistou dois terços dos estudantes em uma semana, passou pela abertura gradual para mais universidades até atingir a marca de 100 milhões de pessoas no seu quarto ano de operações.

"Aquela primeira década conectando as pessoas foi uma época empolgante. Muitas pessoas de fora desprezavam o que estava acontecendo, dizendo que era uma modinha ou algo inconsequente, mas para nós que usavamos esses serviços bem no começo era claro que algo especial e importante estava acontecendo", escreveu ele.

O executivo, então, passou a enfatizar o fato de que o Facebook dá poder às pessoas para que não dependam de instituições hieráquicas, como governos. também ressaltou como a rede social permitiu pessoas com gostos parecidos a se conectarem. Na parte seguinte, passou a falar dos assuntos polêmicos e dilemas que cercam a rede social, como o equilíbrio entre censura de conteúdo perigosos e liberdade de expressão, privacidade e compartilhamento de dados, saúde em tempos de conexão permanente e integridade de processos eleitorais.

E prometeu mais segurança. "Fizemos progresso real nessas questões e construímos os sistemas mais avançados do mundo para lidar com elas, mas ainda há muito mais a fazer", disse ele. "Neste ano, planejamos gastar mais em segurança do que toda a nossa receita gerada pela nossa oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), e a inteligência artificial exigida para administrar em larga escala conteúdo não existia até recentemente. Mas, enquanto as pessoas usam essas redes para modificar a sociedade, é crítico que continuemos fazendo progresso nessas áreas", completou.

Zuckerberg também defendeu a rede social das críticas. Disse que algumas pessoas lamentam a mudança na sociedade que substitue hierarquias tradicionais e que preferem exaltar o lado negativo do serviço. Segundo ele, os críticos acreditam que a mudanças de poder é danosa para a sociedade e a democracia. É a posição, por exemplo, do filósofo da computação Jaron Lanier, que diz que as redes sociais deixam a sociedade mais vulnerável.

"Acredito que tendência a longo prazo é que teremos uma sociedade mais aberta e responsabilizada", defendeu ele. "Os próximos 15 anos serão sobre as pessoas usarem seu poder para alterar a sociedade de formas que têm potencial para ser profundamente positiva nas próximas décadas", concluiu.

Estadão
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