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Neuralink promete revelar dispositivo funcional que conecta computador a cérebro

28 ago 2020 - 15h01
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A Neuralink, startup de neurociência do bilionário Elon Musk, deve detalhar nesta sexta-feira suas mais recentes inovações para implantar minúsculos chips de computador em cérebros humanos, alimentando expectativas de cientistas que acompanham a empresa de perto.

Fundador da Tesla, Elon Musk, também dono da startup Neuralink. 9/7/2020. REUTERS/Aly Song
Fundador da Tesla, Elon Musk, também dono da startup Neuralink. 9/7/2020. REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

Co-fundada por Musk em 2016, a Neuralink implanta em cérebros interfaces de computador que incluem milhares de eletrodos para ajudar a curar condições neurológicas como Alzheimer, demência e lesões da medula espinhal e, eventualmente, integrar com inteligência artificial.

A empresa disse que fornecerá uma atualização sobre seu trabalho durante um webcast ao vivo nesta sexta-feira, com Musk publicando no Twitter que a apresentação incluirá um "dispositivo Neuralink funcional".

Para Musk, que frequentemente alerta sobre os riscos da inteligência artificial, não é novidade revolucionar indústrias, já que é presidente-executivo da montadora de veículos elétricos Tesla e da fabricante aeroespacial SpaceX.

Nuam apresentação da Neuralink em julho de 2019, Musk disse que a empresa pretendia receber aprovação regulatória para o dispositivo em testes em humanos até o fim de 2020.

A empresa implanta um sensor de aproximadamente oito milímetros de diâmetro, potencialmente sob anestesia local. Com a ajuda de um robô sofisticado, fios flexíveis mais finos que um cabelo humano são implantados em áreas do cérebro responsáveis pelas funções motoras e sensoriais.

Especialistas em neurociência disseram que, embora a missão da Neuralink de ler e estimular a atividade cerebral em humanos seja viável, o cronograma da empresa parecia ambicioso demais.

"Todos ficariam muito impressionados se realmente mostrassem dados de um dispositivo implantado em um ser humano", disse Graeme Moffat, pesquisador da Universidade de Toronto.

Pequenos dispositivos que estimulam eletronicamente os nervos e áreas do cérebro para tratar a perda auditiva e a doença de Parkinson foram implantados em humanos por décadas.

Neurocientistas também realizaram testes de implantes cerebrais com um pequeno número de pessoas que perderam o controle de funções corporais devido a lesões na medula espiral ou problemas neurológicos, como derrames. Os humanos nesses testes podiam controlar membros robóticos ou pequenos objetos, como um teclado de computador ou o cursor de um mouse, mas ainda não concluíram tarefas mais sofisticadas.

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