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Netflix chega a 139 milhões de assinantes, mas receita vem abaixo do esperado

Apesar do crescimento de assinantes, receita inferior ao esperado pelo mercado faz ações caírem 2%

17 jan 2019 - 20h56
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A Netflix aumentou sua base de assinantes em quase 9 milhões de usuários no último trimestre de 2018, chegou a um total de 139 milhões de assinaturas. Os números fazem parte do relatório financeiro revelado pela empresa nesta quinta-feira, 17. Apesar de ter crescido a receita em 27% no período de um ano, para US$ 4,19 bilhões, as ações da companhia chegaram a cair 5% após o anúncio dos resultados - os números de faturamento vieram abaixo do esperado pelo mercado financeiro, na casa de US$ 4,21 bilhões. Com isso, as ações da empresa foram negociadas com queda de 4% após o fechamento do pregão da bolsa de valores Nasdaq.

Além disso, repousa sobre a empresa certa desconfiança dos investidores. "A grande questão do momento é se a Netflix agiu certo ao aumentar seu preço para os consumidores e se o investimento feito em conteúdo original está se pagando", disse o analista Gene Munster, da consultoria Loup Ventures, à rede de televisão americana CNBC, após o balanço. Hoje, estima-se que as dívidas da Netflix, contraídas especialmente por conta da aposta da empresa em séries e filmes, esteja na casa de US$ 12 bilhões.

Nesta semana, antes do balanço, a empresa divulgou aumento de preços de sua mensalidade nos Estados Unidos - a manobra foi vista como tentativa da Netflix de compensar seus gastos e seguir investindo em conteúdo original.

O crescimento no número de usuários superou levemente a estimativa da companhia, que previa aumento em 7,6 milhões de assinaturas. Dos 8,8 milhões de novos assinantes, 1,5 milhão são nos EUA e 7,3 milhões no resto do mundo - mercados emergentes como México e Índia ajudaram a puxar o crescimento.

Na parte de conteúdo, a empresa revelou que 80 milhões de lares assistiram o filme Bird Box, estrelado por Sandra Bullock. Entre os competidores, a Netflix disse que perde mais a atenção de seus consumidores para o game Fortnite do que para a rival audiovisual HBO. Apesar da guerra no streaming que se aproxima, a companhia diz que o foco não está na Disney, Amazon ou outros possíveis concorrentes, e sim em produzir conteúdo. A companhia também deu boas-vindas ao novo diretor financeiro, Spencer Neumann, ex-Activision Blizzard.

Estadão
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