Apple: executivo responsável pelo Maps deixa a empresa
29 out2012 - 20h45
(atualizado às 21h50)
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A Apple anunciou nesta segunda-feira que dois importantes executivos deixarão a companhia. Scott Forstall, o chefe de softwares do iOS, e John Browett, responsável pela Apple Store, não farão mais parte da empresa. A maior reorganização executiva na empresa em uma década ocorre após fracassos recentes na área de software que decepcionaram muitos consumidores.
Forstall é um funcionário de longa data e já foi apontado como futuro CEO da Apple, porém perdeu prestígio depois da má recepção inicial ao sistema de reconhecimento de voz - Siri - e o novo aplicativo de mapas da empresa, o Apple Maps. Como responsável pelo sistema operacional móvel da empresa, Forstall foi tido como principal culpado pelo relativo fracasso do aplicativo de mapas. Já a partida de Browett causou menos surpresa: ele era apontado como mentor de mudanças drásticas nas políticas da Apple destinadas a aumentar a margem de lucro nas vendas, e decidiu reduzir o número de empregados no varejo.
"Scott Forstall deixará a Apple no ano que vem e trabalhará como assessor do CEO Tim Cook nesse ínterim", escreveu a equipe de Relações Públicas da empresa em um comunicado dirigido à imprensa. Quanto a Browett, "a procura por um novo chefe de varejo está em andamento", informou o comunicado.
Com essas alterações, quatro outros executivo - Jony Ive, Bob Mansfield, Eddy Cue e Craig Federighi - terão responsabilidades acrescidas a seus cargos na empresa. A gestão sobre o Siri e os mapas da Apple agora recai sobre Cue, enquanto a chefia dos sistemas iOS e OSX fica por conta de Federighi.
Com os problemas no novo recurso de mapas da Apple, o Maps, o assuntos dos erros cometidos pela empresa durante sua trajetória voltam à tona. Veja essa e outras falhas listadas pelo jornal britânico The Guardian
Foto: Flickr/Threat to Democracy / Reprodução
A Apple deixou de usar os serviços de mapas do Google para lançar seu próprio Maps. No entanto, os usuários tem reclamado de falta de precisão, clareza e detalhamento no programa
Foto: Flickr/Kim Gunnarson / Reprodução
A estreia da Apple na computação em nuvem, em julho de 2008, com a plataforma MobileMe, não teve nada de brilhante. Diversos usuários ficaram sem receber e-mails, e o serviço costuma sofrer longas interrupções
Foto: Flickr/osde8info / Reprodução
Em 2005, Steve Jobs apresentou o mp3 player iPad Nano retirando o dispositivo de seu bolso de moedas. Entretanto, os usuários vieram a descobrir que o aparelho não era tão resistente assim a qualquer bolso, e que o display do dispositivo ficava arranhado com muita facilidade
Foto: Flickr/Weedavid / Reprodução
O Cube, computador desktop sem ventilador lançado em 2000, também foi outro produto mostrado com orgulho por Jobs, mas que não pareceu tão bom na visão dos usuários. Apesar de ter um design atraente, não permitia atualização de memória RAM, vinha sem tela e era caro em comparação aos Power Macs da época, e às vezes rachava na camada externa. A Apple deu um "gelo" no produto em 2011
Foto: Flickr/ianmunroe / Reprodução
No mouse do primeiro iMac (o mais redondo na foto), lançado em 2008, a Apple a apostou em um design diferente, que resultou em uma usabilidade terrível do periférico. Os clientes tiveram que apelar para mouses de outras empresas para conseguir usar o "resto" do computador
Foto: Flickr/moparx / Reprodução
O Newton (à esquerda), de 1993, era um "assistente pessoal digital" - uma espécie de pré-iPhone. Uma das funcionalidades era o reconhecimento de escrita à mão, que na verdade não funcionava nada bem. Além disso, o dispositivo era caro e logo foi limado do mercado por Jobs