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Musk acrescenta mais US$ 6,25 bi do próprio bolso para acordo com Twitter

Valor entra na proposta em substituição aos empréstimos de ações da Tesla; oferta continua em US$ 44 bilhões

26 mai 2022 - 11h12
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Para tentar acalmar investidores da Tesla, Elon Musk prometeu nesta quarta-feira, 25, um financiamento adicional de US$ 6,25 bilhões em ações para prosseguir com sua oferta pelo Twitter. Com o novo arranjo, dentro do acordo de US$ 44 bilhões pela rede social, não seria necessário tomar nenhum empréstimo de ações da sua empresa de carros elétricos.

A divulgação sinaliza que Musk está trabalhando para concluir o acordo, embora, na última semana, tenha divulgado a suspensão do negócio. A justificativa do empresário era a falta de transparência do Twitter nas informações sobre a quantidade de contas falsas na plataforma.

Musk disse que também está conversando com acionistas, incluindo Jack Dorsey, por compromissos de financiamento adicionais para firmar o acordo. A notícia fez com que o valor das ações do Twitter crescesse cerca de 6% no fechamento de mercado desta quarta. Na manhã de quinta-feira, 26, os papéis da empresa amanheceram com alta de quase 4%.

Inicialmente, para concluir a compra do Twitter, Musk pegou um empréstimo com margem de US$ 12,5 bilhões da Tesla. No começo do mês, porém, reduziu o montante para US$ 6,25 bilhões, depois de trazer co-investidores.

Em abril, Musk garantiu US$ 46,5 bilhões de dólares em dívidas e financiamentos para comprar o Twitter, com ele próprio comprometendo US$ 33,5 bilhões — cerca de US$ 21 bilhões sairiam do seu próprio bolso.

O conselho do Twitter inicialmente votou por uma estratégia para limitar a capacidade de Musk de possuir a maioria das ações da plataforma, mas voltou atrás e aceitou a oferta do bilionário.

Contrapartidas

O rearranjo da oferta de Musk, entretanto, não significa a conclusão definitiva do acordo nem que o conselho diretor do Twitter deve ceder ao bilionário inteiramente. Nesta quarta-feira, a empresa realizou uma assembleia anual com investidores para falar sobre a empresa e um dos aliados de Musk no board, Egon Durban, foi derrotado na tentativa de reeleição para o conselho.

Os investidores votaram contra Durban, co-diretor da empresa de private equity Silver Lake, que fez parceria com Musk em uma tentativa de fechar o capital da Tesla, em 2018.

Os investidores também votaram a favor da elaboração de relatórios sobre gastos eleitorais e sobre os riscos do uso de cláusulas de ocultação. Ainda, acionistas seguiram as recomendações da administração para votar contra outras propostas, incluindo uma que encomendaria um relatório sobre as despesas de lobby da empresa.

Na assembleia, Patrick Pichette foi reeleito para o conselho./COM REUTERS

Estadão
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