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Microsoft pede que empresas adotem regras para reconhecimento facial

A empresa já tinha colocado esse assunto em pauta em julho deste ano, defendendo a regulamentação da tecnologia pelo governo; os principais riscos, segundo a Microsoft, são invasão de privacidade, vigilância em massa e resultados enviesados

7 dez 2018 - 15h14
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Em uma postagem no blog da empresa nesta quinta-feira, 6, o presidente e diretor jurídico global da Microsoft, Brad Smith, chamou a atenção de companhias de tecnologia para a adoção de normas de conduta no uso de reconhecimento facial. O executivo já tinha colocado o assunto em pauta em julho deste ano, mas direcionando sua fala para o governo, defendendo a regulação da tecnologia.

"Acreditamos que, embora seja melhor abordar esses problemas de maneira ampla, não devemos esperar até que os governos ajam. Nós e outras empresas de tecnologia precisamos começar a criar mecanismos para abordar a tecnologia de reconhecimento facial", afirmou Smith, "os governos e o setor de tecnologia desempenham um papel vital para garantir que a tecnologia de reconhecimento facial crie amplos benefícios sociais ao mesmo tempo que reduz o risco de abuso".

Para o executivo da Microsoft são três as consequências mais perigosas do uso da tecnologia de reconhecimento facial: resultados enviesados, invasão de privacidade e vigilância em massa. A União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) há um tempo alerta para esses riscos, pedindo para o Congresso determinar regulações.

No texto, a Microsoft compartilha seis princípios que resolveu adotar em relação à tecnologia. São eles: tratar as pessoas de forma justa, comunicar de forma transparente as capacidades e limitações da tecnologia de reconhecimento facial, ajudar clientes para garantir um nível apropriado de controle humano, proibir discriminação, incentivar os clientes do setor privado a fornecer aviso e consentimento seguro para a implantação das tecnologias e defender a liberdade em detrimento da vigilância.

A empresa disse que pretende implementar as regras no primeiro semestre de 2019 e que publicará na semana que vem um documento detalhando esses princípios.

Estadão
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