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Microsoft desativa 90% de rede de computadores usada por grupo russo de hackers

20 out 2020 - 16h36
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A Microsoft disse nesta terça-feira que desativou mais de 90% das máquinas usadas por um grupo russo de hackers para controlar uma grande rede de computadores com capacidade para interferir no processo eleitoral dos Estados Unidos.

REUTERS/Kacper Pempel
REUTERS/Kacper Pempel
Foto: Reuters

Ajudada por uma série de ordens judiciais dos EUA e relações com fornecedores de tecnologia em outros países, a Microsoft disse que sua campanha de uma semana contra o grupo que comanda a rede Trickbot vai evitar uma possível fonte de interferência na eleição marcada para 3 de novembro.

"Destruímos grande parte de sua infraestrutura", disse o vice-presidente corporativo da Microsoft, Tom Burt, em uma entrevista. "A capacidade do grupo de infectar alvos foi significativamente reduzida."

Os hackers responsáveis pelo Trickbot infectaram mais de 1 milhão de computadores pessoais, incluindo muitos dentro de governos locais, de acordo com profissionais de segurança cibernética. Eles então fazem acordos com outros grupos para instalar ransomware e outros programas nas máquinas infectadas, dizem os profissionais de segurança.

Embora não haja evidências de que o grupo tenha trabalhado com governos estrangeiros, Burt disse que a Microsoft teve como objetivo reduzir a capacidade do Trickbot antes da eleição, caso agências russas de espionagem tentassem usá-lo para interferir na votação norte-americana ou lançar dúvidas sobre os resultados do pleito por meio de manipulação de dados.

Alguns especialistas em segurança que viram pouco impacto nos esforços iniciais da Microsoft para combater o Trickbot disseram esta semana que os novos servidores de controle colocados online pelo grupo estavam tendo o acesso à internet bloqueado, tornando mais difícil para o grupo instalar novos programas em computadores infectados.

"As operações de interrupção contra o Trickbot são atualmente de natureza global e tiveram sucesso contra a infraestrutura do Trickbot", disse o presidente-executivo da Intel 471, Mark Arena. "Apesar disso, ainda há um pequeno número de controladores trabalhando com base no Brasil, Colômbia, Indonésia e Quirguistão que ainda são capazes de responder."

O grupo do Trickbot agora está pedindo a outros que instalem seu software, disseram Arena e outros, e espera-se que poderão reconstruir sua infraestrutura de outras maneiras.

Burt disse que tais esforços para se adaptar irão pelo menos reduzir a capacidade do grupo em interferir nas eleições dos EUA.

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