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Mercado Livre tem lucro no 1º tri, após medidas para elevar rentabilidade

2 mai 2019 - 17h47
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O Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, teve lucro no primeiro trimestre, com impulso das receitas de marketplace e da unidade de pagamentos Mercado Pago e após revisar políticas de subsídios para elevar a rentabilidade.

A companhia, que tem 60 por cento das receitas no Brasil, anunciou nesta quinta-feira lucro de 11,9 milhões de dólares de janeiro a março, ante prejuízo de 12,9 milhões um ano antes.

A receita líquida do trimestre cresceu 47,6 por cento ano a ano, para 473,8 milhões de dólares, impulsionado por Brasil, com expansão de 64 por cento.

As receitas do marketplace do grupo aumentaram 79,8 por cento no comparativo anual. O volume de vendas no portal caiu 1,7 por cento em dólar, mas cresceu 26,6 por cento em moeda constante. No quarto trimestre de 2018 o volume havia recuado 10,6 por cento em dólar.

A retomada no segmento mostra que o Mercado Livre começa a reagir após medidas tomadas no ano passado, quando passou a cobrar uma taxa fixa de 5 reais para entrega de itens abaixo de 120 reais e excluiu anúncios de produtos abaixo de 6 reais.

"Revisamos nossa política de dar frete grátis indiscriminado", disse o vice-presidente executivo do Mercado Livre para América Latina, Stelleo Tolda, à Reuters.

Segundo o executivo, a ampliação dos investimentos em logística deve dar fôlego ao ritmo de crescimento nos próximos trimestres. Neste primeiro trimestre, o Mercado Livre inaugurou um centro logístico em Cajamar (SP) e outro na Argentina.

Já o Mercado Pago registrou volume de pagamentos de 5,6 bilhões de dólares, alta ano a ano de 35,1 por cento em dólar e de 82,5 por cento em moeda corrente. O negócio inclui serviços de adquirência, carteira digital e oferta de capital de giro.

Segundo o executivo, após o investimento de 750 milhões de dólares recebido da companhia norte-americana de meios de pagamento PayPal, anunciado em março, a companhia está bem posicionada para enfrentar a crescente concorrência no mercado brasileiro de pagamentos.

A Rede, braço de adquirência do Itaú Unibanco, iniciou nesta quinta-feira um pacote que oferece a clientes taxa zero na antecipação de recebíveis, movimento que levou várias empresas do setor a reagirem, o que tem sido visto por analistas como um fator de pressão sobre as margens.

"A capitalização nos permite ser mais agressivos", disse Tolda. "Ficar só com antecipação de recebíveis é um risco."

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