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Mercado Livre chega a US$1 bi em crédito na América Latina

10 mar 2020 - 16h17
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O Mercado Livre atingiu 1 bilhão de dólares em crédito, à medida que o maior portal de comércio eletrônico da América Latina amplia a aposta em serviços financeiros como carro-chefe da expansão do negócio.

Funcionários na sede do Mercado Livre em São Paulo, SP.  10/07/2017. REUTERS/Nacho Doce
Funcionários na sede do Mercado Livre em São Paulo, SP. 10/07/2017. REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

Criado há quatro anos, sob guarda-chuva Mercado Pago, braço financeiro do grupo, o braço Mercado Crédito opera no Brasil, na Argentina e no México, tanto com linhas de capital de giro para microempreendedores que oferecem seu produtos no portal como para consumidores que compram em parcelas.

Segundo o Mercado Livre, os empréstimos chegaram a mais de 500 mil empreendedores com valor médio equivalente 1,15 mil dólares. Na outra ponta, os financiamentos atingiram mais de 1 milhão de consumidores, que fizeram compras em prestações sem a necessidade de cartão de crédito, com operações de valor médio equivalente a 50 dólares cada.

No Brasil, a concessão de crédito superou 2,1 bilhões de reais, sendo 1,6 bilhão de reais em capital de giro para empreendedores e cerca de 510 milhões de reais para financiamento de compras entre 2017 a 2019.

No fim de 2019, a carteira ativa de empréstimos do Mercado Crédito equivalia a 213 milhões de dólares.

Segundo Pedro de Paula, principal executivo do Mercado Crédito no Brasil, o negócio tem crescido em rentabilidade, à medida que a progressiva melhora na análise de risco das operações e nos serviços de cobrança tem reduzido os indicadores de inadimplência, embora não tenha revelado números.

"Nossa estrutura de aprovação e de cobrança está mais robusta", disse o executivo.

De Paula disse ainda que o Mercado Crédito avalia fazer novas captações de recursos no mercado, a exemplo da operação de 245 milhões de reais num fundo de direitos creditórios (FDIC) em 2018, com foco em empréstimos a microempreendedores.

Além disso, a divisão pode deslanchar nos próximos meses novas linhas de crédito para consumidores, junto com o Mercado Pago, que tem feito várias parcerias no país para ampliar seu alcance no varejo físico.

CORONAVÍRUS

Segundo De Paula, até agora o impacto da epidemia do coronavírus sobre as operações do Mercado Pago foram irrelevantes. O portal tem parte dos produtos anunciados com origem da China, onde a doença surgiu na virada do ano e cujo governo tomou medidas que afetaram operações logísticas para conter a disseminação do vírus.

"Até agora, o impacto é muito pequeno para nós", disse ele.

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