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Mercado de vestíveis tem alta de 231% no 1º tri, afirma IDC

Em alta maior do que a esperada, pulseiras e relógios inteligentes venderam, juntos, mais de 300 mil unidades no País

6 jul 2020 - 19h31
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O mercado de dispositivos vestíveis viu uma alta considerável no Brasil no primeiro trimestre do ano, mesmo com a pandemia de coronavírus. Segundo pesquisa conduzida pela consultoria IDC, a venda desses aparelhos cresceu 265% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, arrecadando R$ 438 milhões, um aumento de 231%.

Entre os dispositivos vestíveis mais comercializados no País estão as fitbands, pulseiras que podem monitorar exercícios, com uma alta de 321% — foram 168,6 mil unidades vendidas — e os relógios inteligentes, registrando crescimento de 218% com 149,3 mil unidades vendidas.

De acordo com o estudo, um dos indicativos que pode ter colocado as pulseiras no topo de produtos vestíveis mais comprados é o preço: segundo a IDC, esses aparelhos ficaram cerca de 37% mais baratos em relação ao ano passado, custando, em média, R$ 551. Os relógios inteligentes registraram alta no preço, de 3%, mas a pequena porcentagem não intimidou os consumidores, mesmo com os dispositivos custando, em média, R$ 2,3 mil.

"Com novos produtos e uma erosão nos preços, a demanda por vestíveis vinha em alta, o que motivou o varejo a se abastecer no começo do ano. Assim, quando a pandemia chegou, havia estoque, oferta e procura e as vendas não foram impactadas", explica Renato Meireles, analista de pesquisa e consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil. "A pandemia não impede de usar uma pulseira ou relógio inteligente, pois são ótimos companheiros para monitorar os exercícios em casa. Além disso, os vestíveis são produtos com bom desempenho no e-commerce e o fechamento das lojas físicas não provocou impacto negativo nas vendas", conclui o analista.

Com alta nos últimos anos, a expectativa é que os dispositivos vestíveis continuem crescendo no segundo trimestre, mas também que o impacto da pandemia atinja um pouco mais o setor, revela a IDC. Para os próximos meses, é esperado que as pulseiras tenham alta de 39,2%; já os relógios, 23,4%. Para o mercado em geral, a expectativa é de uma alta de 30%.

Estadão
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