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Mark Zuckerberg fica de fora da lista dos 100 melhores CEOs dos EUA pela primeira vez

O ranking é elaborado pelo site de empregos Glassdoor e se baseia no índice de satisfação dos funcionários de cada empresa

18 jun 2021 - 10h56
(atualizado em 19/6/2021 às 12h20)
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Pela primeira vez desde 2013, o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, ficou de fora da lista dos 100 melhores CEOs dos Estados Unidos. O ranking é elaborado pelo site de empregos Glassdoor e se baseia no índice de satisfação dos funcionários de cada empresa.

De acordo com a pesquisa, a aprovação de Zuckerberg caiu de 94% em 2019 para 88% neste ano - em 2020, o ranking foi interrompido por conta da pandemia. O desempenho ainda deixa Zuckerberg acima da média estabelecida pela lista (73%), mas não foi suficiente para colocá-lo entre os 100 melhores.

O executivo que aparece no topo da lista é Rich Lesser, diretor do Boston Consulting Group, consultoria americana de gestão global - ele tem aprovação de 99% dos funcionários. Satya Nadella, da Microsoft, e Tim Cook, da Apple, ficaram com a 6.ª e 32.ª posições, respectivamente.

O ranking começou a ser realizado em 2013. Desde então, o presidente executivo do Facebook sempre esteve presente na lista - no primeiro ano, inclusive, foi eleito o melhor CEO, com 99% de aprovação.

A pesquisa colheu respostas de mais de 700 funcionários do Facebook entre maio de 2020 e maio de 2021 - a companhia tem hoje 60 mil empregados. Para a classificação, o Glassdoor oferece aos funcionários três opções simples de resposta: aprovo, desaprovo ou "não tenho opinião".

Segundo o site, a aprovação de Zuckerberg entre os funcionários diminuiu especialmente nos últimos meses de 2020 e no início deste ano - época em que o Facebook estava lidando com a repercussão da eleição presidencial dos EUA e também com críticas relacionadas à desinformação sobre pandemia e vacinação na plataforma.

Um dos episódios mais críticos que a empresa de Zuckerberg enfrentou nesse período foi a invasão ao Capitólio em janeiro, inflada por incitação à violência em redes sociais. Depois de banir Donald Trump de sua plataforma por "tempo indefinido", o Facebook anunciou neste mês que o ex-presidente ficará suspenso por pelo menos dois anos.

Uma das tentativas da empresa de lidar com esses temas foi a criação do Conselho de Supervisão Independente do Facebook em maio de 2020. O grupo, formado por ex-líderes políticos, ativistas de direitos humanos e jornalistas, tem como função deliberar sobre as decisões de conteúdo da empresa.

Executivo reforça segurança pessoal

O Facebook gastou em 2020 cerca de US$ 23 milhões com a segurança pessoal de Mark Zuckerberg e de sua família, de acordo com um documento da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC. O valor é US$ 3 milhões superior ao gasto com a proteção do executivo em 2019.

"Zuckerberg representa o Facebook e, como resultado, o sentimento negativo em relação à empresa está diretamente associado e, muitas vezes, transferido para ele", diz a declaração.

O Facebook disse que reforçou a segurança devido ao cenário de ano eleitoral e também incluiu custos com protocolos da covid-19.

Estadão
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