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Magic Leap anuncia venda de óculos de realidade aumentada por US$ 2,3 mil nos EUA

Dispositivo está disponível inicialmente em seis regiões dos Estados Unidos; valor é maior que os óculos de realidade virtual disponíveis no mercado

9 ago 2018 - 15h59
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A startup de realidade aumentada, Magic Leap, finalmente começou a vender o seu óculos que sobrepõe objetos digitais no mundo físico. Depois de quase uma década de desenvolvimento, o dispositivo está disponível em seis locais dos Estados Unidos: Chicago, Los Angeles, Nova York, Seattle, área da Baía de São Francisco e Miami, perto da sede da empresa.

Para ter os óculos da Magic Leap é preciso desembolsar US$ 2.295 um valor bem acima dos outros dispositivos disponíveis no mercado, cujo preço médio varia entre US$ 500 e US$ 600. Os óculos serão entregues na casa do usuário por agentes que ajudarão na configuração e no treinamento do aparelho.

O produto mais próximo do Magic Leap One disponível no mercado é o Microsoft HoloLens, que custa cerca de US $ 3.000 e está disponível apenas para desenvolvedores. A maioria dos consumidores interage com a realidade aumentada - que, ao contrário da realidade virtual, combina com o mundo real - através de suas câmeras de smartphones, embora haja óculos de realidade aumentada compatíveis com computadores na faixa de US $ 200 a US $ 400.

Foi um longo caminho para o Magic Leap, que arrecadou pelo menos US $ 2,3 bilhões em financiamento de investidores notáveis, incluindo Alibaba, Google e JPMorgan. O Magic Leap também atraiu desprezo de parte do mercado que acreditou que o produto da empresa nunca poderia corresponder a expectativa que ele criou - um problema que se agravou com o tempo que levou para chegar ao mercado.

Expectativa. As primeiras revisões do dispositivo indicam que ele ainda não cumpriu sua promessa inicial. Uma queixa é que o campo de visão, essencialmente o tamanho da "tela" dos óculos de proteção, é pequeno. Outra é que, ao contrário de outros dispositivos, o Magic Leap One não tem espaço para usar óculos embaixo dele.

"O Magic Leap One parece um primeiro passo sólido, mas ainda não chegou lá", escreveu Scott Stein, da CNET.

A esse preço, e com essas limitações, as chances são de que comprem o Magic Leap One sejam desenvolvedores ou outras pessoas que queiram criar conteúdo ou programas para o dispositivo. Tal como acontece com tantos, Magic Leap parece estar apostando no fato de que há tempo para este produto evoluir. O executivo-chefe Rony Abovitz, em entrevista à Wired, indicou que há outro dispositivo já em desenvolvimento.

Desafios. A questão é que tipo de mercado estará disponível para futuros dispositivos. No geral, o apetite por óculos de realidade virtual e de realidade aumentada continua a crescer, mas mais lentamente do que o esperado. O custo de comprar vários dispositivos para atividades em grupo tem sido uma barreira, dizem os analistas. Assim, também, tem problemas de enjoo, bem como a estética do uso de óculos de proteção.

Mas algumas empresas viram o apelo desses dispositivos para o local de trabalho, para fornecer treinamento. Com óculos de realidade aumentada, as empresas podem, por exemplo, pular diagramas complicados e destacar partes importantes de um motor ou máquina real à medida que o trabalhador o toca - combinando o tátil e o técnico.

Estadão
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