Livro de engenheira que denunciou assédio sexual no Uber sai em março de 2020
Publicado pela americana Penguin, 'Whistleblower' traz história de autora cuja denúncia gerou escândalos que levaram à saída do fundador Travis Kalanick; de quebra, gerou movimento que levou ao Me Too
A história da engenheira americana Susan Fowler, que denunciou casos de assédio sexual no Uber, agora vai para as prateleiras das livrarias.
Nesta quarta-feira, 26, ela anunciou em sua conta no Twitter que Whistleblower: My Journey to Silicon Valley and Fight For Justice At Uber ("Informante: Minha Jornada Até o Vale do Silício e a Luta da Justiça no Uber", em tradução literal) chegará ao mercado em março de 2020.
No livro, Susan vai contar como saiu do Arizona para trabalhar em uma das principais startups do momento. Lá, porém, passou longe de viver o sonho do Vale do Silício: viu uma cultura sexista, de assédio, racismo e abuso dentro do Uber.
I can't believe today is the day: My memoir is available for pre-order. I'm so excited (and a bit terrified) to share the story of my life with you all. And it's all here - my whole life so far - and lemme tell ya, it's been one hell of a ride.https://t.co/0R6pOZKuJs pic.twitter.com/IXO3MoiDiH
— Susan Fowler (@susanthesquark) June 26, 2019
Trabalhou na empresa entre novembro de 2015 e dezembro de 2016 e quando se viu diretamente atingida, ela contou tudo em um blog. A empresa abriu investigações sobre sua cultura e mais de 20 pessoas foram demitidas só com os resultados parciais da investigação. Na época, ela disse que "a verdade sempre vence", comentando quando o presidente executivo da empresa, Travis Kalanick, deixou seu cargo.
Após o escândalo, Kalanick foi substituído pelo iraniano Dara Khosrowshahi, que implementou uma cultura de transparência no Uber e a levou ao mercado aberto - o Uber realizou sua abertura de capital há pouco mais de um mês.