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Janela para IPO da WeWork ainda este ano está se fechando

18 set 2019 - 10h10
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A We Company, proprietária da WeWork, enfrenta fortes ventos contrários para conseguir atingir sua meta de realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) até o final do ano após adiá-la neste mês, disseram gestores de fundos e profissionais do mercado de capitais.

08/01/2019
REUTERS/Brendan McDermid
08/01/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

A startup de escritórios compartilhados dos EUA estava se preparando para lançar um road show para investidores para sua abertura de capital nesta semana, antes de tomar a decisão de última hora na segunda-feira de abandonar o plano após uma recepção fraca por parte dos investidores, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A Reuters informou na semana passada que a We Company estava pensando em buscar uma avaliação em seu IPO entre 10 bilhões e 12 bilhões de dólares, uma queda dramática de sua avaliação de 47 bilhões de dólares alcançada em janeiro.

A empresa espera que possa iniciar seu IPO já no próximo mês, depois de atualizar seus ganhos trimestrais com o que espera ser um forte desempenho financeiro entre julho e setembro, segundo fontes familiarizadas com o seu pensamento. A We Company se recusou a comentar.

No entanto, ela corre o risco de enfrentar a fraca demanda do mercado de IPOs, porque muitos gestores de fundos se tornam mais avessos a riscos no quarto trimestre, à medida que o tempo se esgota para fazer alterações em seu portfólio antes que eles fechem seus livros para o ano.

"A decisão da WeWork de adiar seu IPO apenas alguns dias antes do road show, até um pouco antes do final do ano, dificulta sua capacidade de controlar a narrativa", disse Dan Morgan, gerente sênior de portfólio da Synovus Trust em Atlanta.

A We Company, está buscando arrecadar pelo menos 3 bilhões de dólares em seu IPO. Desde 2001, houve 21 IPOs consideráveis nos EUA que arrecadaram mais de 3 bilhões, dos quais apenas dois em outubro, um em novembro e nenhum em dezembro, segundo o provedor de dados financeiros Refinitiv.

Isso coloca a empresa deficitária em dificuldades. Ela precisa levantar pelo menos 3 bilhões de dólares em uma oferta pública inicial até o final de 2019, como parte de um acordo de dívida de 6 bilhões de dólares acordado com bancos no mês passado, ou encontrar financiamento alternativo, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.

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