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Europa

UE acusa Rússia de gastar 1,1 bilhão de euros com fake news

Comissão anunciou plano estratégico para combater desinformação

5 dez 2018 - 16h38
(atualizado às 17h15)
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A União Europeia denunciou nesta quarta-feira (5) que o governo russo gasta 1,1 bilhão por ano para espalhar notícias falsas, como parte de uma estratégia para apoiar a desinformação.

A declaração foi dada pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip, durante lançamento do Plano de Ação contra fake news, que tem o objetivo de tentar proteger as eleições no Parlamento Europeu no próximo ano. Segundo o comissário para Assuntos Digitais da UE, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria utilizado mais de 1 bilhão de euros por ano para financiar uma rede de "mentiras" em São Petersburgo, com pelo menos mil funcionários em tempo integral, para causar divisão na Europa.

Vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip 12/11/2018
Vice-presidente da Comissão Europeia, Andrus Ansip 12/11/2018
Foto: Charles Platiau / Reuters

"Temos visto várias tentativas de interferência em eleições e referendos, com evidências que indicam a Rússia como a principal fonte dessas campanhas". Desta forma, "devemos unir forças para proteger as nossas democracias contra a desinformação", disse Ansip. Para ele, "a desinformação é parte da doutrina militar russa e sua estratégia para dividir e enfraquecer o Ocidente.

Como parte do plano da UE, a comissão ressaltou que irá criar um sistema de alerta rápido para ajudar os Estados-membros a reconhecer campanhas de desinformação, e aumentar o orçamento reservado para a detecção de fake news para cerca de 5 milhões de euros.

Além disso, as empresas de tecnologia serão forçadas a fazer sua parte para reprimir as notícias falsas e as plataformas digitais, como Facebook, Google e Twitter, deverão produzir relatórios mensais sobre campanhas de desinformação.

As principais plataformas de mídia social assinaram um código de conduta. O Facebook, por sua vez, já admitiu que existem entre 60 e 90 milhões de contas falsas em sua rede.

Ministério da Saúde cria canal para combater Fake News:
Ansa - Brasil   
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