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Sites cobram para remover fotos de inocentes na prisão

Sites levam inocentes a pagar para ter fotos na prisão removidas

26 nov 2012 - 15h23
(atualizado às 15h34)
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Após passado o susto de ter sido acusado por um crime que não cometeu, qual o maior temor de alguém que, depois de detido pela polícia, foi provado inocente? Nos Estados Unidos, a divulgação do chamado mugshot é temida por muitos - a ponto de sites especializados em reproduzir fotos de suspeitos cobrarem para remover as imagens da internet, em uma nova forma do que pode ser considerada extorsão online. O jornal digital The Daily reuniu histórias de internautas que sofreram com a repercussão desse tipo de foto.

Mesmo depois de inocentados, ex-suspeitos têm de pagar para que fotos comprometedoras sejam removidas da web
Mesmo depois de inocentados, ex-suspeitos têm de pagar para que fotos comprometedoras sejam removidas da web
Foto: Reprodução

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Mesmo depois de terem sido liberados pelas autoridades - em alguns casos, sem nem ao menos terem ido para a prisão de fato-, diversas pessoas estão tendo de lidar com as consequências da publicação de fotos suas após alguma passagem pela polícia. Então, mesmo considerados inocentes aos olhos da Justiça, perante as leis, vários ex-suspeitos têm de lidar com a condenação por parte das outras pessoas quando têm suas fotos divulgadas na internet. Isto é, a não ser que estejam dispostas a desembolsar bastante dinheiro.

O dilema atinge muitos americanos enquanto reacionistas se manifestam contra a existência de páginas que exigem o pagamento de um alto valor para que as imagens comprometedoras sejam removidas. Sites como Mugshots.com e Arrests.org coletaram milhões de fotos desse gênero ao vasculhar páginas de departamentos policiais. Caso o usuário queira sua foto retirada, precisam gastar entre US$ 399 e US$ 1.479. A outra opção é deixar a imagem aparecer vinculada ao nome da pessoa entre os primeiros resultados em uma pesquisa online por um bom tempo.

"É uma forma de extorsão ilegal, na minha opinião", afirmou Anthony Rickman, uma advogado da Flórida que diz ter tratado de inúmeros casos de clientes que buscavam a remoção de seu mug shot, em entrevista ao The Daily. Chamam a atenção casos com o de Sophia Andrade, 50 anos, que luta pela retirada de sua imagem depois que foi detida por ter supostamente arranhado o marido, em 2010 Ela sequer foi levada a julgamento.

Mais de uma dúzia de páginas com semelhante intento surgiram nos Estados Unidos nos últimos anos, explorando o fato de que departamentos de polícia colocam imagens de suspeitos em seus sites assim que as fotos são tiradas. Ao contrário de sites que se aproveitam disso, porém, os endereços oficiais, em geral, removem de sua lista pessoas que não foram condenadas pelo crime de que foram acusadas. Em tempos de onipresença das redes sociais, tentar manter a preocupação ilibada é uma preocupação e tanto.

Fonte: Terra
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