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Polícia indiana prende youtuber por beijar mulheres sem consentimento

13 jan 2017 - 15h19
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A polícia da Índia prendeu nesta sexta-feira o youtuber Sumit Kumar Singh, mais conhecido como "Crazy Sumit" ("o louco Sumit"), por filmar e divulgar na internet um vídeo "obsceno" no qual "o brincalhão" beijava mulheres sem o consentimento delas em Nova Delhi.

"O Departamento Criminal deteve o tristemente famoso brincalhão 'Crazy Sumit' e seu colaborador, que divulgaram um infame vídeo no YouTube beijando meninas", anunciou em comunicado o delegado adjunto da polícia de Delhi, Ravindra Yadav.

O jovem youtuber, de 20 anos, publicou um vídeo no qual beijava mulheres de maneira inesperada no centro da capital indiana no dia 1º de janeiro, e embora Singh tenha decidido apagar o material pouco depois devido aos comentários negativos que recebeu dos usuários, o fato já havia viralizado.

O delegado destacou que na operação policial foram confiscados dois computadores portáteis, uma câmera de vídeo, microfones sem fio e um troféu no qual o YouTube parabenizava "Crazy Sumit" por ter alcançado a marca de 100 mil inscritos no canal.

Segundo Yadav, a polícia realiza uma investigação para apurar se YouTube e Google, proprietário da rede social, têm alguma "responsabilidade criminal" no caso por promover esse tipo de vídeos "obscenos" na rede.

"A tendência é filmar vídeos obscenos para conseguir mais visualizações e ganhar mais dinheiro. Além de pagá-los por fazer isto, YouTube e Google dão incentivos como reconhecimentos e certificados", disse o delegado.

A polêmica gerada na Índia após o vídeo ter viralizado nas redes sociais levou "Crazy Sumit" a pedir desculpas publicamente pela gravação, o que não impediu que na terça-feira passada fosse apresentada uma denúncia contra ele.

Desde o estupro coletivo de uma jovem em um ônibus em Nova Delhi em dezembro de 2012, que desencadeou um debate sem precedentes no país sobre a situação da mulher, a sociedade indiana se tornou mais sensível a qualquer atitude degradante em relação às mulheres.

EFE   
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