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CPI pede ao Google dados sobre conteúdos pedófilos em site

4 mar 2010 - 15h05
(atualizado às 15h41)
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A CPI do Senado que investiga casos de pedofilia determinou nesta quinta-feira ao provedor Google a transferência do sigilo telemático de cerca de 1,2 mil dados e fotos do site YouTube postados em páginas do site de relacionamento Orkut.

O presidente da CPI, Magno Malta (PR-ES), afirmou que, apesar do termo de conduta ajustado com o Google há dois anos para a criação de ferramentas de bloqueio a páginas que contenham material pornográfico com crianças e adolescentes, ainda foram encontrados conteúdos desse tipo em mais de 1,2 mil vídeos no YouTube, comprado pelo provedor.

O Google terá cindo dias, a contar do recebimento da comunicação, para repassar todos os dados. O objetivo é identificar o IP - número de identificação - do computador de onde partiu a postagem dos vídeos e fotografias contendo abusos sexuais a crianças e adolescentes.

Magno Malta explicou que, de posse desses números, será possível requerer a quebra de sigilo telefônico ao qual o computador está conectado e saber quem são os autores das postagens.

Quando foi acertado com representantes do Google o termo de conduta, a empresa requereu prazo de um ano para criar as ferramentas necessárias, com o objetivo de coibir o acesso a materiais de pornografia infantil. Um ano e dois meses depois, ainda foram encontrados esses vídeos. "Pode ser que essas ferramentas não sejam suficientes", afirmou o senador.

Por isso, na próxima terça-feira, a CPI deve convidar representantes da empresa para explicar as ferramentas de proteção em funcionamento e os motivos pelos quais ainda estão ativos materiais pornográficos em sites como o YouTube.

Entre os requerimentos aprovados na reunião de hoje, está o de convocação do funcionário do Clube de Regatas Flamengo Flávio Pereira, investigado por suspeita de pedofilia pela Delegacia da Criança e Adolescente, do Rio de Janeiro. Ele vai depor na reunião de quinta-feira, da qual também deverá participar o delegado responsável pelo inquérito, Luiz Henrique Marques.

"Quero deixar bem claro que a investigação é de um funcionário do Flamengo. A instituição não tem nada a ver com isso, mesmo porque sou torcedor do glorioso Flamengo", afirmou o senador.

A comissão aprovou ainda requerimento para ouvir, na qualidade de convidado, o presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, Douglas Ferrari Carneiro. Segundo o parlamentar, o médico colocou-se à disposição da CPI para denunciar uma rede de prostituição infantil.

Agência Brasil Agência Brasil
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