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Startups de serviços financeiros buscam inspiração nas asiáticas

A principal inspiração o é o Alipay, sistema de pagamento via smartphones criado em 2008, que pertence à chinesa Alibaba

6 jun 2018 - 04h02
(atualizado às 16h11)
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Nem mesmo o mais respeitado analista do mercado financeiro ou de tecnologia conseguiria antecipar a velocidade com que as fintechs cresceram. Entre 2010 e 2017, os aportes de fundos de capital de risco nessas empresas aumentaram 110% segundo a consultoria KPMG, atingindo recorde em 2014, com quase US$ 30 bilhões.

Os serviços das asiáticas são os que mais se destacam. O principal é o Alipay, sistema de pagamento via smartphones criado em 2008, que pertence à chinesa Alibaba.

Em fevereiro, ele passou a fazer parte da Ant Financial. A empresa de microcrédito, fundada em 2014, vendeu 30% de sua participação para a Alibaba. Atualmente, a companhia tem 520 milhões de usuários ativos e a meta é atingir 2 bilhões de clientes até 2025. A sacada da gigante chinesa é aproveitar a onda dos smartphones e criar uma carteira móvel, em que o dinheiro fica atrelado ao celular.

A empresa planeja abrir capital da Ant Financial na bolsa no próximo ano e a expectativa é de arrecadar em torno de US$ 10 bilhões. Isso fará a empresa chegar à avaliação de US$ 150 bilhões, mais do que o banco Goldman Sachs, que hoje vale US$ 90 bilhões.

A cifra mostra o valor dos pagamentos móveis na China. "A velocidade com que o dinheiro desapareceu da rotina das pessoas das áreas urbanas é surpreendente", diz Duncan Clark, presidente do conselho da BDA Consulting, de Pequim.

Perigo. Segundo estudo da consultoria PWC, quase 70% dos bancos planejam se aproximar de fintechs nos próximos cinco anos, possivelmente seguindo o ditado "se você não pode com elas, junte-se a elas".

Segundo a McKinsey, a vida dos bancos - que já não estava fácil desde 2008 - ficará ainda mais difícil, porque as fintechs estão indo atrás da parte mais lucrativa da cadeia. "Eles simplesmente não podem se dar ao luxo de esperar mais tempo", diz a consultoria.

Estadão
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