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Startup dá recompensas a quem testar jogos em desenvolvimento

Criada no Rio de Janeiro, Gamer Trials busca ajudar produtores de games a realizarem testes de forma mais rápida e barata; a jogadores, empresa dá créditos, que podem ir de descontos em games a acessórios e periféricos

14 fev 2019 - 21h28
(atualizado em 15/2/2019 às 05h11)
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Para muitos fãs de games, poucas coisas podem parecer melhores do que ganhar dinheiro em meio a algumas partidas de videogame. Para quem está criando um jogo, porém, uma das tarefas mais penosas do desenvolvimento é encontrar bugs, erros e falhas que comprometam meses e meses de trabalho. Pensando nisso é que nasceu a Gamer Trials, startup carioca que busca unir as duas pontas do mercado de jogos eletrônicos - e ajudar a indústria nacional a se desenvolver.

Fundada há três anos, a empresa funciona de um jeito simples: quando um desenvolvedor quer que seu jogo seja testado, ele publica sua versão de testes no site da Gamer Trials. Os jogadores cadastrados na plataforma da empresa podem jogar o teste de graça - e fazer relatórios para o desenvolvedor, mostrando erros e problemas.

Quem desenvolver os melhores feedbacks pode, por sua vez, ser premiado pelo criador do game - com créditos que o estúdio ou desenvolvedor independente comprou da Gamer Trials, em valores que começam em R$ 10. Com essas recompensas, o jogador pode ter descontos na compra de um título de grandes produtoras, vendido na loja online Nuuvem, parceira da GamerTrials, ou ainda acessórios e periféricos relacionados ao mundo dos games.

"Nos últimos anos, houve uma democratização no processo de produção dos jogos, mas ainda é muito custoso fazer os testes", ressalta Ian Rochlin, sócio-fundador da Gamer Trials. "Nosso objetivo é ajudar a criar uma fábrica de jogos no Brasil". No exterior, vale dizer, testar jogos profissionalmente é uma ocupação reconhecida - e considerada até um bocado maçante, uma vez que é necessário repetir muitas e muitas vezes alguns determinados comandos em fases específicas até encontrar erros.

Momento. Nos três anos que a empresa existe, ela já ajudou mais de 100 games brasileiros a serem testados, com cerca de 10 mil feedbacks de usuários - entre os estúdios que usaram o serviço, estão a Flux Game Studio (do jogo de luta Guts), a Onanim (de Trajes Fatais) e a Mad Mimic, responsável por Mônica e a Guarda dos Coelhos, com os personagens de Mauricio de Sousa.

Hoje, a Gamer Trials tem 9 funcionários, todos no Rio de Janeiro, e já recebeu R$ 150 mil em aportes da Oi - a empresa fez parte da primeira turma de aceleração do Oito, espaço de inovação aberto pela operadora em Ipanema, no Rio de Janeiro. Além disso, a empresa também já entrou num edital, realizado no ano passado pelo então Ministério da Cultura (MinC), para incentivar a indústria dos games. Para 2019, a meta de Rochlin é levar a marca da Gamer Trials para fora do País, realizando maratonas globais de desenvolvimentos de jogos e trazendo games do exterior para a plataforma.

Estadão
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