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Facebook levará programa de inovação para outros Estados do Brasil

Objetivo do Estação Hack é levar eventos de capacitação, empreendedorismo e inovação para as cinco regiões do país

16 jan 2019 - 14h14
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Após comemorar um ano na capital paulista, a Estação Hack - centro de inovação do Facebook para empreendedorismo - agora quer pegar a estrada e levar suas ações para outras cidades do País. Chamado de Estação Hack Na Estrada, o novo programa do centro vai atuar em duas frentes.

Uma delas oferecerá cursos para quem quer dar os primeiros passos no mundo da programação - segundo os organizadores, o participante sairá de lá capaz de construir o próprio site. A outra, por sua vez, será dedicada à orientação de startups. Para isso, farão parte da caravana do Face professores e mentores que já trabalham no espaço da capital paulista.

O programa planeja chegar a maior parte das capitais do País, nas cinco regiões. O roteiro ainda está sendo arquitetado pela companhia, mas serão eventos de um dia com capacidade para cerca de 200 a 300 pessoas."Muitas pessoas vinham até São Paulo participar de nossas atividades. Não só de startups, o que é mais natural. Eram alunos de diversas regiões do Brasil. Percebemos que deveríamos estar mais presentes nesses lugares", conta Eduardo Lopes, diretor da Estação Hack.

De fato, os números da Estação Hack em seu primeiro ano impressionam. Ao ser lançada, no final de 2017, a Estação Hack havia planejado oferecer no ano seguinte 7.400 vagas em seus variados cursos. Terminou 2018 com 12.237 alunos formados.

O movimento do Facebook é parecido com o do Google. Em novembro do ano passado, a empresa lançou o Google Playbook: um guia com dicas da gigante de tecnologia sobre aprendizados dos dois primeiros anos de existência do Campus em São Paulo. A ideia do documento é ajudar mentores e administradores de aceleradoras e incubadoras, a fomentar uma cena de inovação em suas próprias cidades.

Por trás das duas iniciativas, está a ideia de que as gigantes também podem se beneficiar ao criar conexões com outros ecossistemas, o que ampliaria a capacidade de promover eventos cada vez mais robustos e o acesso à mais mão-de-obra qualificada, um dos desafios de qualquer companhia tecnológica no País.

Ampliação. A Estação Hack também vai expandir suas ações em São Paulo. Primeiro, o programa estima ofertar 10 mil vagas. Além disso, oferecerá cursos gratuitos de inglês voltados à área de programação. "Percebemos que ao chegar ao mercado de trabalho, muitos dos jovens formados aqui tinham a barreira do inglês", diz Lopes. Os cursos serão oferecidos pela Cel.Lep, rede de escola de inglês que comprou em 2017 a escola de programação MadCode. O curso de inglês estará aberto também para os alunos que se formaram ao longo de 2018.

No ano passado, 65% dos alunos da Estação Hack vinham de escolas públicas e 39% eram mulheres. O foco do programa tem caráter social e planeja atender jovens de baixa renda. O candidato declara sua condição social durante a inscrição e o Facebook aplica uma tabela de pontuação para determinar se ele será aceito pelo programa. Os cursos contabilizaram uma média de 1.500 inscritos cada e, dos selecionados para participar, a taxa de evasão foi inferior a 5%.

Além dos cursos, o Estação Hack tem um programa de aceleração, que a cada semestre trabalha com 10 startups. As inscrições para a primeira turma de 2019 já estão abertas.

Estadão
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