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Vibe Saúde investe R$ 35 mi para criar divisão de saúde da mulher

Healthtech quer entrar para o rol de startups de saúde feminina e conta com base de pacientes mulheres para ter sucesso no setor

20 mai 2022 - 05h10
(atualizado em 22/5/2022 às 19h04)
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A startup Vibe Saúde, de atendimento médico via telemedicina, vai investir R$ 35 milhões para entrar no segmento de cuidados voltados às mulheres, afirmou a empresa com exclusividade ao Estadão. Os serviços, que já começam a ser implementados na plataforma, vão envolver consultas com especialistas e uma aba dedicada apenas à saúde feminina.

De acordo com Ian Bonde, presidente da Vibe, esse é um setor que demanda atenção e cuidados específicos e, por isso, deve crescer nos próximos meses na oferta de serviços. Dentro da empresa, a iniciativa foi tocada pelos fundadores e por Stephani Caser, chefe de saúde da mulher e médica da Vibe Saúde.

"De uma certa forma, sempre trabalhamos com o público feminino, porque sempre foi a nossa maioria. A gente viu que muitos dos nossos serviços já eram focados na mulher, então começamos a segmentar diferentes produtos específicos para diferentes faixas etárias da mulher", afirma Bonde ao Estadão.

O serviço de saúde voltado para a mulher está, hoje, concentrado nas chamadas femtechs, empresas que cuidam da saúde feminina e que, quase sempre, são fundadas por elas. Na maioria dos casos, a inspiração vem da própria dor em não encontrar um atendimento em algum momento necessário.

Essa fatia das healthtechs já foi considerada um nicho muito reduzido, mas hoje encontra um maior interesse de investidores e empresas que querem oferecer o serviço — a Vibe foi uma delas. Para isso, o atendimento será feito por um time composto por profissionais de enfermagem, nutrição, medicina da família, ginecologia, psicologia e outras especialidades.

Por meio de um plano específico, será possível assinar o serviço de saúde da mulher em três modalidades: Fertilidade, Apoio à Gravidez e Menopausa. Com foco nas classes C e D, todos os pacotes custam R$ 60 por mês e oferecem atendimento 24 horas ilimitado via telemedicina. Para especialidades, porém, são apenas três consultas na faixa — caso seja necessário, é possível agendar outra consulta no app e pagar separadamente.

"O Brasil tem um potencial grande para essa área. As primeiras femtechs nos EUA já cresceram muito, tem unicórnio. Estamos estudando isso ao longo desses dois anos que estamos no mercado e a demanda é grande", ressalta Bonde.

A opção da assinatura já está disponível no aplicativo da empresa, disponível para celulares com sistema operacional Android, do Google, ou iOS, da Apple.

Caminho

Fundada em 2018, a empresa oferece o app tanto para empresas quanto para pacientes individuais. Nos casos individuais, é disponibilizada uma opção gratuita e uma premium, assim como acontece no Spotify: sem pagar nada, é possível realizar três consultas de 15 minutos por ano. No pronto atendimento, o app oferece uma triagem com enfermeiros e, se necessário, encaminha o paciente para um atendimento médico — o padrão vale para todas as especialidades.

Já nas consultas com especialistas é necessário ou assinar um plano ou pagar pelas sessões separadamente. Além da assinatura de saúde da mulher, a Vibe também oferece os planos Saúde em Dia, que varia de R$ 30 a R$ 100 por mês, Saúde Mental, com planos de R$ 190 a R$ 300 mensais, e Cuidados Crônicos, por R$ 60 por mês.

Com cerca de 120 funcionários no corpo clínico, a empresa afirma que já são cerca de 1,3 milhões de cadastros na plataforma desde 2020 — dos quais aproximadamente 1 milhão são pacientes mulheres. No início de 2021, a empresa recebeu um aporte de R$ 54 milhões - no total, a startup já recebeu R$ 100 milhões do fundo de investimento sueco Cardo Health.

"Vamos investir esse dinheiro nos próximos 12 meses especificamente olhando para saúde da mulher. Temos planos de crescer cerca de cinco vezes o nosso tamanho. Também queremos olhar para outros produtos e serviços que têm mais a ver com diagnósticos, como exames, check-ups e outros tipos de avaliações".

Estadão
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