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Unico, de biometria digital, compra SkillHub e estreia no segmento de educação

Com dinheiro do aporte recebido em agosto, a startup, que virou unicórnio em agosto, quer multiplicar edtech por 100 até o fim do ano que vem

3 dez 2021 - 20h07
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A startup Unico, que se tornou outro unicórnio brasileiro em agosto, partiu para o setor de educação. Mais conhecida pelo seu sistema de identidade e biometria digital, a companhia adquiriu a SkillHub, startup de benefícios em educação. A ideia da empresa é utilizar a sua base de clientes corporativos, cerca de 2 milhões de funcionários de 400 companhias diferentes, para vender cursos de instituições parceiras da SkillHub.

Trata-se da terceira aquisição da empresa no ano em que virou unicórnio. Isso aconteceu quando a startup anunciou o aporte de R$ 625 milhões do fundo japonês SoftBank e o dinheiro serviu para a unico diversificar os seus segmentos de atuação. Antes da SkillHub, a empresa tinha adquirido a ViaNuvem, empresa especializada em biometria digital para o mercado de compra e venda de veículos, e a CredDefense, que também atua no segmento, porém mais focada no segmento de locação de veículos.

"Depois que viramos unicórnio percebemos que precisávamos entrar em setores diferentes do que atuávamos. O grande foco da unico é simplificar a relação entre as empresas e o colaborador em qualquer setor, utilizando a identidade digital como pilar principal", afirma Diego Martins, presidente da Unico, que foi fundada em 2007 e antes levava o nome de Acesso Digital.

A SkillHub, portanto, é uma empresa que foge do padrão de empresas que atuam no segmento. A ideia é acessar o mercado bilionário de educação corporativa. O diferencial da SkillHub é criar uma espécie de marketplace para os funcionários das empresas que eles atendem. A companhia, que possui 12 funcionários, já atende mais de 7 mil pessoas, oferece uma espécie de "benefício educação".

Trata-se de uma espécie de voucher que a empresa pode dar para o funcionário para que ele escolha algum dos cursos à distância disponíveis em instituições como a Fundação Getulio Vargas, Saint Paul, Digital House e a escola de idiomas Cambly. Fundada por André Felix e João Bizzarri, que antes atuava como um executivo do LinkedIn, a SkillHub aposta que o voucher traz mais autonomia para os colaboradores, o que ajuda a aumentar a retenção dos talentos.

"Existe o problema que as pessoas acabam fazendo cursos que os gestores querem, não necessariamente o da preferência delas, o que acaba não sendo eficiente", diz Bizzarri.

O contato entre a unico e a SkillHub, inclusive, aconteceu porque a companhia utilizou os serviços da edtech. Martins, então, viu o potencial de crescimento da startup e enxerga que há um espaço para que esse negócio possa até se tornar o principal da empresa no futuro.

"Nosso primeiro negócio nem foi a biometria digital, que acabou se tornando o principal após uma aquisição. Nós queremos ser iguais ao Facebook, que comprou o Instagram e o tornou mais valioso até mesmo do que ele próprio", diz Martins.

Com a incorporação, a meta da unico para a SkillHub é fazer cinco anos em um. Isso porque a meta anterior da SkillHub era chegar a 700 mil funcionários até 2026. Agora, acessando a base de usuários da unico, a ordem é alcançar esse número até o final de 2022.

Estadão
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