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Startup Inventa recebe R$ 110 mi para conectar pequenos varejistas a fornecedores

Com nove meses de vida, a empresa registra sua primeira rodada de aporte com foto em oferecer compra online para pequenos lojistas

24 jan 2022 - 10h10
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A startup Inventa, que oferece uma plataforma de contato entre varejistas e fornecedores, anuncia nesta segunda-feira, 24, um aporte no valor de R$ 115 milhões, liderado por Andreessen Horowitz e Monashees. O investimento, do tipo Série A, chega menos de um ano depois da criação da empresa, em março de 2021.

O crescimento da startup e o contato que Marcos Salama, fundador da empresa e ex-gerente de supermercados do Rappi, tinha com investidores aceleraram uma rodada importante — e que costuma chegar mais tarde na vida das startups. Para a empresa, a hora é de investir em aumento de equipe e em tecnologia para atrair mais clientes para a plataforma.

"Eu já conhecia os investidores de quando eu estava no Rappi. Conversamos bastante no ano passado. Vamos investir em tecnologia, vendas e marketing. Trazer pessoas para o time. Conectamos as pontas para que as lojas pequenas possam comprar e isso é interessante", afirma Salama em entrevista ao Estadão.

A Inventa, que ainda conta com Fernando Carrasco e Laura Camargo como fundadores, tem 100 funcionários, mas quer chegar a 500 até o fim de 2022 por meio do crescimento de sua plataforma que ajuda varejistas a comprarem produtos de fornecedores. Cada vez que um cliente faz uma compra, os algoritmos do sistema aprendem as categorias, marcas e tipos de produtos que mais podem se aproximar da demanda do varejista e fazem sugestões no acesso seguinte. Salama garante que o serviço é gratuito para os lojistas.

Do lado dos fornecedores, a ideia é que a transação seja lucrativa mesmo com o pagamento de uma taxa de serviço para a Inventa, que fica em torno de 15%. Para isso, a startup investe em aumentar o número de clientes e de serviços para varejistas, e fazer com que o rol de potenciais fregueses aumente para o outro lado da esteira.

Com essa visão, a startup oferece crédito para lojistas comprarem mercadorias e dividirem o valor em parcelas mensais — o valor pré-aprovado pode chegar a R$ 10 mil. Em troca, os fornecedores que trouxerem seus clientes para a plataforma não têm os 15% de taxa de serviço descontado da transação da venda daquele determinado freguês.

"Baseados em compras passadas, nós identificamos produtos que achamos que poderiam fazer sentido pra loja. Quanto mais essas lojas compram, mais inteligente o serviço fica", explica Salama.

Na busca

O modelo é um acerto no momento de pandemia, segundo Salama. Segundo o executivo, a comodidade de comprar online se apresentou para pequenos varejistas, que muitas vezes esperavam que representantes de marcas visitassem os estabelecimentos para comprar ou diversificar os produtos na prateleira. De olho nas categorias de cosméticos, decoração e mercearia, Salama quer que o microempresário continue a comprar pela internet mesmo com a retomada das atividades presenciais.

É esse interesse que pode fazer com que a empresa consiga expandir seu negócio em breve. No radar, estão México e Colômbia, destinos populares entre startups que nascem no Brasil e querem se internacionalizar, mas o planejamento deve começar depois que a Inventa celebrar seu primeiro aniversário.

"Estar no México e na Colômbia vai ser uma conclusão inevitável, mas não temos nenhuma pressa. Nosso objetivo é focar nas categorias que temos hoje e continuar trabalhando nisso. O Brasil é muito grande, tem muito pra se fazer, muitas lojas. O foco é parte importante para conseguir fazer o que queremos", afirma Salama.

Estadão
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