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SoftBank lança programa para formar talentos na América Latina

O grupo japonês, que investe em várias startups na região, pretende capacitar profissionais na área de inteligência artificial

4 fev 2020 - 05h11
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Um dos grandes investidores de startups na América Latina, o grupo japonês SoftBank acaba de lançar um programa para treinar talentos na região, na área de inteligência artificial. Chamada de Data Science for All (DS4A), a iniciativa vai beneficiar tanto funcionários de empresas que têm investimento do SoftBank, quanto profissionais externos, que podem vir a ser contratados pelas companhias do portfólio do grupo.

O programa oferece 300 vagas e será ministrado em Sao Paulo, com salas de aula remotas em Bogotá, em Buenos Aires e Cidade do México. "Temos dificuldades em achar talentos na área de ciência de dados e inteligência artificial. É uma necessidade das próprias empresas do nosso portfólio, precisamos de mais profissionais especializados nesses assuntos", afirmou André Maciel, líder da operação do SoftBank no Brasil, em entrevista ao Estado.

Segundo o executivo, o Brasil foi escolhido como sede do curso por ser o país que mais concentra investimentos do SoftBank na América Latina. No País, o grupo japonês já investiu nas startups Loggi, Creditas, QuintoAndar, Gympass, Buser, Olist, Vtex, MadeiraMadeira, Volanty e Banco Inter. O programa, que tem duração de onze semanas, será liderado por um professor titular da Universidade Harvard e terá assistentes de universidades americanas como MIT e Stanford.

Ecossistema

Com o programa, o SoftBank também pretende fomentar o ecossistema local. "Achamos importante contribuir para criar talentos no setor como um todo", afirma Maciel.

A formação de talentos é um ponto-chave no mercado de startups, em que as empresas crescem em velocidade acelerada e multiplicam seus funcionários rapidamente. É o caso da startup Quinto Andar, por exemplo, que saltou de 350 pessoas para 1,1 mil funcionários em um ano, quase quadruplicando o tamanho da startup.

Para lidar com a falta de profissionais qualificados, algumas startups estão apostando em abrir escritórios no exterior: a fintech Creditas, por exemplo, abriu neste ano um escritório em Valência, na Espanha, onde tem uma equipe de cerca de 30 pessoas; a startup de entregas Loggi também inaugurou uma nova unidade, em Portugal, para recrutar talentos. Outra saída tem sido a aquisição de empresas, para englobar profissionais: o Nubank, por exemplo, anunciou no mês passado a compra da consultoria Plataformatec, especializada em engenharia de software e metodologias ágeis - o time de 50 profissionais da Plataformatec será integrado à equipe de desenvolvimento do Nubank.

As inscrições do programa estão disponíveis neste link até o dia 21 de fevereiro.

Estadão
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