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Quatro fintechs brasileiras entram no top 100 global da KPMG

Nubank, Creditas e Banco Inter ficam entre as 50 maiores da lista, enquanto a startup de crédito Rebel se destaca entre as promessas

27 nov 2019 - 12h44
(atualizado às 13h48)
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Uma das principais consultorias do mundo, a KPMG realiza anualmente um ranking de fintechs, destacando as boas iniciativas do setor. Na edição de 2019, o estudo mostra o bom momento dessa área no mercado brasileiro: nada menos que quatro fintechs do País foram destacadas pelo grupo, em relatório que foi publicado neste mês de novembro.

O estudo é dividido em duas partes: a primeira elenca as 50 principais fintechs do mundo. É nessa área em que aparecem três das empresas do País citadas: veterano da lista, o Nubank vem em 16º lugar (estava em 7º no ano passado). Já Banco Inter e Creditas fazem suas estreias, em 28º e 41º lugares, respectivamente.

Fintech brasileira Nubank 19/06/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
Fintech brasileira Nubank 19/06/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O top 10 da lista é dominado por empresas da Ásia, com destaque para China e Índia - juntos, os dois países têm 18 companhias citadas. Ao todo, o continente asiático tem 42 empresas lembradas. O primeiro lugar do relatório também é chinês: a Ant Financial, braço financeiro do grupo Alibaba e considerada hoje a maior startup do mundo, avaliada em US$ 150 milhões. No entanto, o país com a maior presença na lista são os Estados Unidos, com 18 iniciativas.

Promessa

Na segunda metade, a KPMG elenca 50 iniciativas promissoras em todo o mundo - e do Brasil aparece a Rebel, dedicada a crédito pessoal sem garantias. Fundada em 2016, a startup concede empréstimos de R$ 1 mil a R$ 25 mil, pela internet, com taxas que variam de 1% ao mês a 8% ao mês, em questão de minutos.

Para isso, a empresa utiliza um robô de informações que vasculha a internet em busca de informações do usuário, após seu devido consentimento. "Olhamos mais de 2 mil variáveis", afirma André Botelho, cofundador e diretor financeiro da empresa. Entre os dados, diz Botelho, há análise até da vizinhança em que o requerente do empréstimo mora, com auxílio do Google Street View. "Conseguimos ver, pelas fotos, o tipo de carro e comércio na região, o que as pessoas vestem e fazer uma inferência para avaliar a capacidade de pagar do cliente."

Com sede em São Paulo, a empresa está em ritmo de expansão: tem hoje 50 pessoas, contra 30 há dois meses. "A meta é dobrar a equipe nos próximos doze meses, em áreas como desenvolvimento, ciência de dados, marketing e vendas", explica Botelho. Entre os investidores da Rebel, estão o fundo Monashees e a companhia de investimentos XP. Uma nova rodada de aportes deve acontecer nos próximos meses, para acelerar esse crescimento.

Além disso, a empresa utiliza recursos de securitização para fazer seus empréstimos: no ano passado, emitiu R$ 167 milhões, em parceria com a americana Franklin Templeton. "São os recursos que temos para crédito nos próximos 12 meses", diz Botelho. "O brasileiro está acostumado a ter dívida, não crédito: queremos dar mais crédito para as pessoas e abaixar os juros do mercado." Ao longo dos três anos, a empresa disse já ter recebido pedidos de R$ 5 bilhões em empréstimos, mas não revela quanto de fato cedeu aos clientes. "É um porcentual bem baixo disso", afirma o executivo.

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