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Nascidos pós-1995 querem estabilidade no mercado de trabalho

Pesquisa investigou preferências da Geração Z em relação ao mercado de trabalho

9 mai 2019 - 10h14
(atualizado às 11h30)
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Em 1995, quando telefones celulares e tijolos tinham quase o mesmo tamanho, nasciam os primeiros membros da geração Z. Hoje, esses jovens, que desconhecem um mundo sem internet, já representam parte expressiva da força de trabalho. Como consequência, mudam as dinâmicas de trabalho dentro das empresas e criam novas demandas.

Na hora de escolher um perfil de empresa para trabalhar, o que mais importa para essa geração é a oportunidade de se desenvolver - disseram 37% dos jovens ouvidos em pesquisa feita pela Meio & Mensagem e AlmapBBDO. 

Pesquisa investigou preferências da Geração Z em relação ao mercado de trabalho
Pesquisa investigou preferências da Geração Z em relação ao mercado de trabalho
Foto: Divulgação

Outro aspecto destacado por essa geração é dinheiro (28%). A justificativa: ao contrário dos seus antecessores, os millennials, os nascidos após 1995, cresceram em meio a crises e escaladas de fatores como o terrorismo no mundo ocidental.  "É uma geração menos idealista e mais pragmática", diz Cintia Gonçalves, sócia da AlmapBBDO, que apresentou os resultados da pesquisa durante o evento de inovação e tecnologia Proxxima, em São Paulo, nesta quarta-feira (8). 

Uma parcela expressiva (28%) destacou "propósito" como decisivo na escolha de um emprego -- ainda há espaço para um certo idealismo na geração Z.

Quanto ao local de trabalho, 26% disseram preferir escritórios compartilhados -- os chamados coworkings -- e 20% preferem trabalhar remotamente, em casa. Apenas 16% deles preferem escritórios corporativos tradicionais. Mas para 38%, tanto faz.

Engana-se quem diz que os jovens da geração Z não desgrudam do celular. Quando questionados sobre qual a melhor forma de comunicação no ambiente de trabalho, mais da metade (53%) desses jovens disse que prefere a o trato pessoal. O e-mail é preferido por 19%, mensagens de texto por 10%, redes sociais por 8% e telefone por 6%.

O pragmatismo dessa geração se revela nas expectativas em relação às empresas em que pretendem trabalhar. Quase 40% dos entrevistados disseram que o mais esperam em relação ao local em que trabalham são cuidados com a saúde - o que engloba desde um bom convênio médico até o nível de estresse enfrentado no dia-a-dia no escritório. Outro fator visado são oportunidades de mentoria (34%), segundo pesquisa da Deloitte.

Quase 80% dos jovens da Geração Z preferem trabalhar em médias e grandes empresas, enquanto 14% preferem trabalhar em startups, segundo pesquisa da consultoria Robert Half.

"Essa geração aprende muito rápido", diz Cintia Gonçalves. O fato de serem a primeira geração composta realmente por nativos digitais, acostumados desde o berço com dispositivos variados, faz com sua trilha de aprendizagem seja mais rica do que as das gerações anteriores. "Há pessoas que aprendem melhor vendo vídeos do que lendo, por exemplo", diz.

É uma geração com altos níveis de depressão e ansiedade. Apesar disso, os jovens nascidos entre 1995 e 2010 têm menos medo das mudanças que o desenvolvimento tecnológico pode trazer ao mercado de trabalho. 

Em vez de temer a inteligência artificial, a geração Z enxerga a importância dos "valores humanos" num mundo automatizado. Para eles, a sensibilidade humana "é um antídoto talvez para esse excesso de tecnologia", diz Cintia Gonçalves.

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Fonte: Redação Terra
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