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MWC: Conectividade Inteligente e tendências do mundo digital

O 5G já aparecia como tendência nas últimas duas ou três edições do evento, mas foi definitivamente em 2019 que ele passou de coadjuvante

8 mar 2019 - 10h59
(atualizado às 11h18)
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Chegamos ao final de mais uma edição do Mobile World Congress (MWC). E se você perguntar a qualquer um dos 110 mil congressistas qual foi a coisa que mais se destacou esse ano, posso apostar que a maioria responderá que foi o 5G. Em grande parte dos estandes de operadoras, fabricantes de celular, aplicativos, consultorias e até drones, havia luminosos, folders e decoração com alguma referência à rede de dados ultra veloz.  

Na realidade, o 5G ainda é apenas ficção em muitos países e, mesmo nos EUA, ele só está disponível em algumas cidades. Mas, como em uma feira de moda, onde a maior parte das roupas de alta costura são apenas conceitos, o MWC tem como um de seus objetivos apresentar conceitos, tendências e apontar para onde iremos no mundo digital. 

Mobile World Congress, maior feira de celulares do mundo
Mobile World Congress, maior feira de celulares do mundo
Foto: Alan Hessel

O 5G já aparecia como tendência nas últimas duas ou três edições do evento, mas foi definitivamente em 2019 que ele passou de coadjuvante para protagonista.  E por que isso é importante? Redes são infraestrutura e redes mais potentes se traduzem em oportunidade para a criação de novas indústrias, aplicações e negócios. Um exemplo bem claro, e talvez o mais inovador, foi a chegada da rede 3G, que transformou completamente a indústria de celulares. Apenas para lembrar alguns fatos marcantes:  

1- O surgimento do iPhone só foi possível porque havia uma rede de alta velocidade.  

2- Empresas que até então reinavam absolutas, como Nokia, Motorola e LG (entre os aparelhos mais simples) e Palm e Blackberry (entre os smartphones) resistiram em abraçar o ecossistema de aplicativos e, quando se deram conta, já haviam sido engolidas por Apple e Google.  

3- A indústria de aplicativos nasceu, possibilitando a criação de novos modelos de negócio e serviços, como o compartilhamento de casas, carros, bicicletas, barcos e até aviões.  

Quando a estrela de uma feira é a "rede" podemos esperar que as edições seguintes reservem novidades muito mais interessantes. Explico: redes são infraestrutura e, portanto, não são excitantes por si só. Mas… tudo que está sendo criado em termos de conectividade, como internet das coisas (IoT), machine learning, carros autônomos etc., só será possível porque essa super velocidade se tornará realidade. 

Ah, e para acabar, quero dividir com vocês os principais destaques além do 5G:  os smartphones dobráveis que Samsung e Huawei apresentaram são realmente incríveis, lindos e mega caros (US$2 mil).  E por último, não tenho como não falar sobre a simpaticíssima Sofia, o robozinho equipado com inteligência artificial que batia papo com os congressistas. Perguntei a ela o que havia achado da sua visita ao Brasil em 2018 e ela falou que amou o país e as pessoas. No final das contas, a inteligência artificial parece já contar com um pouquinho de inteligência emocional :-). 

*Daniel Carvalho, diretor de desenvolvimento de negócios do Twitter para América Latina Daniel Carvalho  (@dancarvs) foi CEO para América Latina da Mondia Media e diretor-geral para o Brasil das italianas Buongiorno e Dada.net. Além disso, foi diretor de marketing para o Brasil da Telefônica Publicidade e Informação (Guia Mais) e diretor de marketing e e-commerce do Yahoo!

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Fonte: Especial para Terra
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