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Huawei lança o Mate X, smartphone com 5G e tela dobrável

Aparelho vai custar R$ 9,7 mil (€ 2,3 mil euros) e será vendido no mercado 'em meados de 2019', anunciou a chinesa

24 fev 2019 - 12h52
(atualizado em 25/2/2019 às 17h29)
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A chinesa Huawei quer fazer parte do grupo de fabricantes que busca fazer os consumidores se dobrarem a uma nova tendência: a dos smartphones dobráveis. Neste domingo (24), a empresa anunciou o Mate X, seu primeiro dispositivo do tipo, durante conferência na Mobile World Congress, feira de tecnologia que acontece nesta semana em Barcelona (Espanha). Além de ser capaz de ser fechado ao meio, como um livro, o aparelho também terá modem 5G, tecnologia de conexão móvel de nova geração que vai superar o atual 4G.

Durante a última semana, a Samsung já havia surpreendido o mercado ao anunciar um smartphone dobrável (o Galaxy Fold, previsto para abril) e outro com 5G (o Galaxy S10 5G, sem data de lançamento prevista). O lançamento da Huawei surpreende pois junta essas duas características em um mesmo celular. Vale lembrar, porém, que nenhuma das duas tem o título de primeiro celular dobrável do mundo -- este pertence à startup americana Royole, que lançou no ano passado o FlexPai, ainda que este tenha cara de protótipo.

Membro da equipe da Huawei mostra o novo dispositivo Huawei Mate X antes do Mobile World Congress em Barcelona
Membro da equipe da Huawei mostra o novo dispositivo Huawei Mate X antes do Mobile World Congress em Barcelona
Foto: Sergio Perez / Reuters

O aparelho da chinesa também traz outra vantagem: é mais fino que o rival (11mm, ao ser fechado, contra estimados 14mm da Samsung) e tem telas maiores (6,6 polegadas na posição fechada e 8 polegadas na posição aberta, contra 4,7 polegadas e 7,3 polegadas do Galaxy Fold, respectivamente). Além disso, na posição fechada, ele tem uma tela 'infinita', quase sem bordas, como se tornou padrão na indústria de celulares nos últimos anos; já o Fold tem muito espaço subaproveitado, como pode se ver no evento da Samsung esta semana em São Francisco.

Isso tudo, porém, não será barato: o Mate X tem preço previsto de  R$ 9,7 mil (€ 2,3 mil euros, aproximadamente US$ 2,5 mil, contra US$ 2 mil do concorrente). Já o lançamento está previsto para "meados de 2019", conforme anunciou Richard Yu, presidente executivo da Huawei, no palco em Barcelona. "É caro, mas estamos fazendo nosso melhor para reduzir o custo. Há muita tecnologia nova dentro dele", reconheceu, com certo orgulho, o executivo.

O Mate X trará ainda outras especificações de peso: são 8 GB de memória RAM e 512 GB de armazenamento, bateria de 4.500 mAh (miliAmpére/hora), uma das maiores do mercado, e câmeras com lentes feitas pela Leica, fabricante alemã conhecida entre os fãs da fotografia por ter sido usada por nomes como Robert Capa e Henri Cartier-Bresson.

Com o Mate X, a Huawei se coloca um passo à frente da rival Samsung em termos de tecnologia - ao menos, até os celulares chegarem às mãos dos consumidores. Isso porque, tanto em São Francisco quanto em Barcelona, os aparelhos não foram liberados para toques dos jornalistas em demonstrações, segundo relatos da imprensa especializada -- o Galaxy Fold não estava nem disponível para ser visto.

A chinesa, hoje no pódio das vendas de celulares ao lado da sul-coreana e da Apple, quer assim tomar para si o topo do mercado -- tecnologia para isso há. Falta, porém, convencer o resto do mundo de que é uma empresa "segura" -- nos últimos meses, a Huawei tem passado por uma crise política em embates com o governo americano, que acusa a empresa de usar seus equipamentos de telecomunicações a favor da espionagem governamental chinesa.

Computadores

Em Barcelona, a Huawei também mostrou dois novos notebooks, o Matebook X Pro e o Matebook 14. Enquanto o primeiro é uma versão topo de linha, mas sem grandes novidades para o modelo do ano passado, o segundo é uma evolução do Matebook 13 -- a principal diferença é o tamanho da tela, que subiu de 13 para 14 polegadas.

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