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Loggi decide estender home office até junho de 2021

Meta é 'dar previsibilidade' aos funcionários em meio a incertezas da pandemia, diz executiva; hoje, cerca de 50% da equipe da empresa está trabalhando remotamente

2 out 2020 - 05h10
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A startup brasileira de logística Loggi decidiu estender o regime de trabalho em home office até junho de 2021 - inicialmente, o sistema de jornada remota estava mantido apenas até o final do ano. A decisão foi anunciada pela empresa aos funcionários na noite desta quinta-feira e compartilhada com exclusividade ao Estadão.

"Foi uma forma de dar mais previsibilidade para a equipe, em meio a um cenário com muita ambiguidade", explica a vice-presidente de pessoas da Loggi, Mônica Santos. Segundo a executiva, muitos funcionários da empresa, que trabalhavam presencialmente em São Paulo, decidiram regressar às suas cidades de origem durante a pandemia. "É bom dar sinais para as pessoas", afirma.

Segundo ela, cerca de 50% dos 1,6 mil funcionários da Loggi hoje está trabalhando de casa - comparecem presencialmente apenas aqueles diretamente envolvidos com a operação logística da empresa, na central de distribuição em Cajamar (SP) e nas agências da empresa. "Todo mundo que poderia estar em casa, está", diz. "Tem gente até que nunca foi ao escritório, está vivendo a cultura da empresa direto de casa", afirma. Desde o início do ano, o time da Loggi cresceu cerca de 60%.

Com o anúncio, a Loggi se une ao iFood entre as startups brasileiras que já decidiram prorrogar o regime de home office até meados do ano que vem. Por enquanto, a maioria das empresas por aqui ainda mantém a data do final do ano como combinada com os funcionários. Lá fora, gigantes de tecnologia como o Google já anunciaram políticas semelhantes; outras, como o Twitter, falam até em não regressar mais aos escritórios.

Pós-pandemia terá modelo híbrido, diz executiva

O intervalo estipulado pela Loggi para o retorno ao escritório é posterior às previsões mais otimistas quanto à chegada de uma vacina para o novo coronavírus - nesta semana, o governo paulista anunciou que pode iniciar a vacinação em dezembro, após aprovações regulatórias. Para Mônica, mesmo com a normalização do cenário da pandemia, o futuro do trabalho, ao menos na Loggi, terá natureza híbrida, com funcionários podendo permanecer em casa em alguns dias da semana.

"Será um desafio: hoje, estamos todos de casa e compreendemos questões como o Wi-Fi com problema, todo mundo na janelinha. Nesse futuro, algumas pessoas vão estar ao vivo, outras em 'janelinhas' numa conferência." diz a executiva. "Todas as empresas vão ter que ser cuidadosas em como lidar com isso, mas é uma flexibilidade que as pessoas pedem". Na visão da vice-presidente de pessoas da Loggi, há benefícios em ter equipes no mesmo local. "Há maior criatividade e também mais facilidade de aprendizado para quem está começando a carreira. É importante."

Estadão
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