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Livro explica a física por trás das cenas de ação de 007

Dois físicos alemães demonstram cientificamente a viabilidade dos saltos espetaculares e da tecnologia usada por James Bond

4 dez 2015 - 10h21
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Fãs dos filmes protagonizados pelo agente secreto 007 costumam vibrar com cenas de ação de tirar o fôlego e gadgets de última geração. Mas, seriam todas aquelas acrobacias e tecnologias possíveis de serem executadas na vida real?

James Bond não seria capaz de realizar suas façanhas sem um conhecimento avançado de conceitos da física
James Bond não seria capaz de realizar suas façanhas sem um conhecimento avançado de conceitos da física
Foto: Divulgação

Os físicos alemães Joachim Stolze e  Metin Tolan resolveram responder a essa questão, que já deve ter passado pela cabeça de milhões de cinéfilos. Para isso, recorreram à análise detalhada de algumas das cenas mais famosas da franquia e aplicaram a elas todo seu conhecimento em física.

Os resultados podem ser conferidos no livro A Física de James Bond, lançado recentemente no Brasil pela Editora Cultrix.

Veja algumas conclusões dos professores alemães:

Saltos  foram milimetricamente calculados em Cassino Royale

O primeiro filme da franquia estrelado por Daniel Craig, em 2006, já começa de forma eletrizante. James Bond parte em uma perseguição alucinante ao homem-bomba Mollaka, se arriscando em vigas em um prédio em construção e dando longos saltos a partir de guindastes. Tudo isso sem a ajuda de qualquer equipamento especial. É provável que muitos espectadores tenham duvidado do realismo dessa sequência. Mas, de acordo com os cálculos dos físicos alemães, tudo aquilo seria possível. Com um preparo físico impecável e uma precisão espetacular, o agente secreto mais famoso do mundo seria, sim, capaz de dar  pulos arriscados e sair ileso.

Em 007 Contra Goldeneye, a ficção ganha da ciência

James Bond passou por grandes apuros em 007 Contra Goldeneye (1997),o primeiro longa na pele do galã Pierce Brosnan. Em uma das sequências iniciais, o agente secreto se vê obrigado a saltar de um penhasco pilotando uma motocicleta para, no ar, alcançar um avião que está em queda livre, assumir seu controle e fugir. Os cientistas alemães concluem que repetir essa façanha na vida real seria um tanto improvável – para não dizer impossível. Seria necessária uma precisão digna de um supercomputador para conseguir calcular o tempo exato para realizar o salto e diminuir a resistência do ar. Se alguém conseguisse esse feito, o impacto com o avião ainda resultaria em alguns ossos quebrados.

Em 007 Viva e Deixe Morrer, relógio magnético só funciona no cinema

Em 007 Viva e Deixe Morrer (1973), protagonizado por Roger Moore, o agente britânico recebe um relógio magnético de pulso de seu parceiro e cientista Q. Para demonstrar a capacidade do objeto, Bond consegue atrair uma colher de chá a mais de um metro de distância. Isso só seria possível com uma corrente de 4,5 bilhões de ampères, o que geraria um calor de 40 milhões de graus Celsius – o corpo de 007 evaporaria em uma fração de segundo. Os físicos alemães propõem um modelo de relógio com materiais mais eficientes para a criação de campo magnético, que atingiria “apenas” 250 graus de temperatura. Ainda assim, esse objeto não seria factível, já que não há nenhuma bateria do tamanho de um relógio de pulso capaz de gerar a corrente elétrica necessária para seu funcionamento.

Laser vermelho de  007 Contra Goldfinger é, na realidade, invisível

Em uma cena famosa de 007 Contra Goldfinger, um clássico de 1964, estrelado por Sean Connery, James Bond recupera a consciência após um acidente automobilístico e se vê amarrado a  uma chapa de ouro em um laboratório de fundição. Um raio laser vai lentamente devorando a peça metálica e avança em direção às partes íntimas do agente britânico. É a oportunidade de seu algoz, Goldfinger, testar seu novo brinquedinho: um potente emissor de raios laser. Mas lasers são capazes de fundir metais com facilidade, como retratado no filme? Na realidade, sim. Não é de agora que esses feixes de luz são usados na indústria para a fundição de ligas metálicas. Mas, diferentemente do laser vermelho usado pelo vilão de 007, eles são infravermelhos – ou seja, invisíveis a olho nu.

Fonte: Cross Content
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