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Fintech Z1 chega ao mercado com conta digital para adolescentes

Startup tem investidores como Ariel Lambrecht e Renato Freitas, ex-99, e o fundo Maya Capital, de Lara Lemann; meta é introduzir a educação financeira desde cedo na vida dos jovens

16 nov 2020 - 05h10
(atualizado às 09h55)
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De olho no avanço das fintechs no Brasil nos últimos anos, a startup Z1 chega ao mercado com a meta de atender um público que ainda costuma receber mesada em dinheiro de papel: os adolescentes. Dona de um aplicativo que disponibiliza contas digitais para jovens classificarem seus gastos e aprenderem a economizar dinheiro, a empresa lançou seu app em outubro, sete meses após receber uma rodada de investimentos. O valor dos aportes não foram revelados, mas os investidores são de peso: o fundo Maya Capital, de Lara Lemann liderou a captação que também teve a participação de Ariel Lambrecht e Renato Freitas, fundadores do primeiro unicórnio brasileiro, o aplicativo de transporte 99.

A ideia da Z1 é introduzir a educação financeira na vida dos adolescentes desde cedo, aproveitando o fato de que essa geração já nasce com os celulares em mãos. "É irônico que as pessoas mais ligadas à tecnologia não fizeram parte da revolução de fintechs que tivemos nos últimos anos", afirma João Pedro Thompson, presidente executivo da startup, em entrevista exclusiva ao Estadão. "Apesar de alguns bancos oferecerem contas para adolescentes, são serviços geralmente vinculados às contas dos pais que não dão autonomia ao jovem".

O serviço da Z1, voltado à faixa etária entre 10 e 24 anos, conta com um cartão pré-pago de bandeira Mastercard. O app, que aos poucos está se consolidando e ganhando novas funcionalidades, permitirá que jovens consigam visualizar seus gastos, organizar vaquinhas, reservar dinheiro para doações e até dividir com amigos gastos de um churrasco, por exemplo. Para usar a conta, é preciso pagar uma mensalidade de R$ 10, taxa que sustenta o modelo de negócio da fintech.

Um dos diferenciais da Z1, segundo a empresa, é justamente a independência da conta. Sophie Secaf, cofundadora da startup, explica que o serviço permite que os pais tenham acesso à quantidade de dinheiro que o adolescente tem em conta, mas não aos detalhes de onde são feitos os gastos. "Acreditamos na informação em vez do controle excessivo. É importante e faz parte do processo de educação uma certa autonomia", diz. Para endereçar essas questões educacionais, a fintech conta com a parceria de Ana Paula Hornos, investidora especialista, que têm ajudado na construção da plataforma.

Thompson, que já passou pelo Itaú BBA e ajudou a fundar a escola Vereda Educação, começou a trabalhar no projeto da fintech em outubro do ano passado, ao lado de Thiago Achatz, que teve experiências na Rappi e também participou da criação da carteira digital da startup de bicicletas elétricas Yellow — os dois se conheciam porque Achatz é amigo da irmã de Thompson. Além da Z1, existem uma série de startups brasileiras criadas por ex-funcionários de 99 e Yellow.

O aporte levantado no início do ano foi direcionado para construção do serviço e também do time da fintech — hoje a Z1 tem 10 funcionários e planeja dobrar a equipe no ano que vem. "Em 2021 estaremos focados em amadurecer o produto e engajar com os primeiros usuários, adicionando mais recursos", diz o presidente executivo da startup.

Estadão
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