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EmCasa chega a mais 11 cidades para 'bater na porta' de QuintoAndar e Loft

Startup de venda de imóveis aumenta número de regiões após aporte de US$ 21 milhões em julho

23 nov 2021 - 22h02
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A startup EmCasa anuncia nesta terça-feira, 23, a expansão do serviço de venda de imóveis para mais 9 cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, com a operação sendo implementada nos próximos 3 meses. O movimento coloca a "proptech" (termo para designar as empresas de tecnologia do ramo imobiliário) no caminho para ser a "terceira via" nacional do segmento, atrás dos líderes QuintoAndar e Loft.

As cidades contempladas até o fim deste ano são Niterói (RJ), Campinas (SP) e Guarulhos (SP). Já para janeiro de 2022, será a vez de Diadema (SP), Mauá (SP), Osasco (SP), Jundiaí (SP), Mogi das Cruzes (SP), Sorocaba (SP), Santos (SP) e Ribeirão Preto (SP). Atualmente, a plataforma opera em São José dos Campos (SP), Santo André (SP), São Bernardo do Campo (SP) e São Caetano do Sul (SP), além das capitais paulista e fluminense.

A EmCasa afirma que as operações nessas cidades deverão incluir a capacitação de corretores de imóveis locais (chamados pela startup de "especialistas") locais - a marca registrada da companhia é usar tecnologia algorítmica e inteligência artificial junto com atendimento pessoal para ajudar na escolha da casa própria.

"O treinamento tem como objetivo preparar o novo especialista para conduzir toda a jornada do cliente: da busca à entrega das chaves", explica ao Estadão o presidente executivo e fundador da EmCasa, Gustavo Vaz. A capacitação desses corretores inclui um curso de 100 horas, que trata de mercado imobiliário, habilidades comportamentais e de gestão. Ao todo, a startup possui 120 pessoas contratadas, com escritórios regionais instalados nas praças onde está localizada.

Esse modelo de negócio, que inclui o registro em carteira desses especialistas (tornando-os independentes de comissões), difere das plataformas QuintoAndar e Loft, maiores unicórnios imobiliários do Brasil e responsáveis por, neste ano, abocanhar megarodadas de investimentos de US$ 420 milhões e US$ 525 milhões, respectivamente — os gigantes preferem investir em tecnologias, com a terceirização de corretores comissionados.

"A tecnologia veio para ajudar, mas ela não tira o corretor do relacionamento entre cliente e a escolha do imóvel", observa Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para ele, o caminho é tornar o vendedor "empoderado" nas novas tecnologias, o que pode "aumentar a eficiência do processo, ainda que seja mais caro por depender de mão de obra humana."

Em meio a esse cenário, ainda é muito cedo para determinar se essa estratégia pode ser a vencedora nessa disputa, explica o professor de inovação Gilberto Sarfati, da FGV. "Esse processo pode encarecer muito o valor de compra para um proprietário, tornando o modelo de negócio ineficiente", nota. "Mas é um mercado de grandes problemas e, também, de muitas oportunidades."

É essa a expectativa otimista da EmCasa, que projeta dar um grande salto em crescimento ao longo do próximo ano, saindo dos atuais R$ 800 milhões transacionados na plataforma para R$ 2,7 bilhões.

Estadão
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