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Cortex, de big data, espera crescer 150% em 2021 após levantar aporte de R$ 170 mi

A startup oferece uma plataforma de inteligência de dados para marketing e vendas

14 out 2020 - 10h36
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A Cortex, startup de big data que oferece uma plataforma de inteligência de dados para marketing e vendas, estima crescimento de 150% ao fim de 2021 após levantar um aporte de R$ 50 milhões da gestora americana Riverwood Capital na última semana, completando sua rodada de Série B, iniciada em junho com R$ 120 milhões recebidos do SoftBank. A empresa estima que tenha sido, em reais, o maior aporte para uma companhia do setor.

Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, os sócios Daniel Pires e Leonardo Rangel explicam que vão utilizar os fundos para reforçar a tese de investimento da empresa, continuando o foco em tecnologia e produto e também na expansão do seu time de marketing e vendas. "Temos sempre uma preocupação muito grande de destinar os recursos necessários para nos mantermos na vanguarda da inovação", comenta Pires, completando que as três áreas são as que sustentam o crescimento orgânico da Cortex.

Rangel fala que, historicamente, a Cortex vinha crescendo em torno de 60% a 100% ao ano com gastos de marketing e vendas na casa de 18% das receitas, abaixo da média de outras empresas, que utilizam quase metade dos ganhos. "Isso significa que nossas métricas de eficiência em vendas sempre foram altíssimas", dizendo que esse potencial de crescimento acelerado com mais recursos foi o principal ponto de venda na rodada e justifica a estimativa de crescimento de 150% ao fim de 2021.

Os sócios explicam que o processo para levantar o aporte não foi fácil, muito por conta da pandemia do novo coronavírus. "A gente tinha começado a discutir essa Série B no terceiro trimestre do ano passado, estávamos prontos para assinar o contrato com as gestoras na terceira semana de março, que foi bem quando o mundo parou", lamenta Leonardo Rangel.

Daniel Pires fala que as incertezas forçaram a Cortex a mudar sua estratégia de crescimento para o ano. "Foi uma operação de guerra, a gente fez um plano novo assumindo que não podíamos contar com o dinheiro do aporte e teríamos uma saída maciça de clientes", comenta.

Passados sete meses, o pior nunca ocorreu e a Cortex já recupera patamares de crescimento próximos às estimativas originais. "A gente continua crescendo, em um ritmo menor do que era anteriormente, mas sentimos agora mais recentemente as coisas voltando, é um sinal antecedente quando você vê clientes mais interessados, fechando mais vendas", diz Rangel.

Eles explicam que não viram uma valorização imensa como empresas que lidam com e-commerce tiveram na pandemia, mas aproveitam o 'boom' das empresas de tecnologia com a digitalização cada vez maior da economia. "Essa sensação de 'boom', além da digitalização, é porque tinha muita coisa represada, que parou com a pandemia, e agora voltou com tudo. O ano teria sido excelente para o setor mesmo sem a covid-19", aponta Pires.

Com dinheiro no bolso, a Cortex também começa a olhar pela primeira vez para o aquecido mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) do setor de tecnologia brasileiro. Leonardo Rangel pontua que eles ainda não veem o M&A como principal força de crescimento da startup, mas que no plano de longo prazo isso se torna importante por trazer novos dados e soluções para dentro do seu ecossistema. "Nossa visão é que daqui cinco anos, nove em cada dez gestores usem alguma das aplicações da Cortex", projeta.

Estadão
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