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Banco digital Agibank cria nova empresa focada em dados, a HypeFlame

Nova marca nasce com 400 funcionários, orçamento de R$ 200 milhões e a missão de ajudar empresas a realizarem sua transformação digital

9 dez 2020 - 05h10
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Ao longo dos últimos anos, o setor financeiro viveu uma verdadeira corrida aos dados - fintechs, instituições tradicionais e bancos digitais perceberam que nas informações de seus clientes, havia um futuro a ser explorado. Nesta quarta-feira, 9, o banco digital gaúcho Agibank dá um passo além nessa jornada e cria uma nova empresa focada em inteligência de dados. Chamada de Hypeflame, a companhia já nasce com 400 funcionários e um orçamento de R$ 200 milhões, além da missão de ajudar empresas de diferentes setores a fazer sua transformação digital.

"Ao longo dos últimos anos, percebemos o valor que ganhamos ao olhar para os dados. Agora, queremos mostrar esse valor para a indústria", diz Fernando Castro, que era diretor de tecnologia do Agibank e agora passa a ser o presidente executivo da nova empresa. Com ele, vão também os funcionários da área de tecnologia do banco digital, fundado há duas décadas por Marciano Testa, ainda como Agiplan. "O Agibank é o primeiro cliente da Hypeflame, mas não será o único, e a receita da empresa é o orçamento que já tínhamos para a área", diz Testa, que segue como CEO do Agibank.

Segundo Castro, a ideia da Hypeflame é conseguir desenvolver sistemas de engenharia de dados, criando ferramentas que possam ser adotadas por diferentes companhias e indústrias para trabalhar com as informações. "Queremos criar uma solução 'plug and play', isto é, que as empresas possam implementar e sair usando", afirma Testa. "A maioria das empresas, ao adotar a ideia de que vão ser direcionada por dados, acaba jogando os cientistas de dados na fogueira. É um processo mais complexo do que parece, envolvendo nuvem e inteligência de negócios (BI, na sigla em inglês)."

Foco

Com pouco mais de 1 milhão de clientes, o Agibank tem sede em Porto Alegre e foco especial em atender a população com mais de 50 anos. Hoje, 55% dos atuais correntistas estão nesta faixa etária. Em setembro, a empresa recebeu um aporte de R$ 400 milhões do fundo Vinci Partners para acelerar seu crescimento - além da criação da Hypeflame, a empresa também aposta em uma solução de diferentes canais para seus produtos e serviços bancários.

Além da estrutura atual, a Hypeflame tem ainda cerca de 100 vagas em aberto e também planeja novas maneiras de conseguir contratar bons funcionários - algo complexo em um mercado disputado como o de tecnologia. Uma das saídas para isso é a criação da Hypeflame Academy, espécie de escola virtual que poderá ser tanto usada por treinamento para os funcionários da empresa quanto como por quem deseja ingressar na área. Sem citar valores em específico, Castro afirma que os cursos serão pagos, mas que os melhores alunos serão convidados a trabalhar na companhia.

Para 2021, a empresa espera crescer bastante, com previsão de encerrar a próxima temporada com cerca de 650 funcionários. Além disso, a expectativa da Hypeflame é ter pelo menos 25% de seu faturamento vindo de clientes que não a empresa-mãe. O primeiro passo para isso já foi dado: a empresa já está rodando programas-piloto com varejistas para ajudá-las a transformar sua experiência com dados.

Outra mudança da empresa será na localização: hoje com sólidas raízes no Sul, a empresa pretende ter parte de sua estrutura em Campinas, para ficar perto dos talentos do interior paulista. A tática não é nova: startups como Movile e QuintoAndar também tem forte presença na região, para citar apenas dois exemplos. A quarentena, porém, abre espaço para profissionais de todo canto. "Queremos atrair gente de todos os lugares e habilidades, buscando especialistas e também atraindo talentos na base da pirâmide", afirma Castro.

Estadão
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