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Advocacia investe R$ 800 mil em IA e conquista mais clientes

O escritório Urbano Vitalino Advogados aumentou produtividade e eficiência de processos com criação de assistente-robô

27 nov 2019 - 13h48
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A inteligência artificial (IA) tem sido utilizada nos mais diversos setores da economia. Com o ramo da advocacia, não é diferente. No Brasil, o escritório Urbano Vitalino Advogados, que tem mais de 80 anos de operação, investiu R$ 800 mil na implementação da tecnologia de aprendizado de robôs para otimizar processos internos, aumentar a produtividade e conquistar mais clientes.

O primeiro contato da Urbano Vitalino no universo da inteligência artificial começou em julho de 2017, conta o atual presidente da empresa, Urbano Vitalino Neto. À época, ele assistiu a uma palestra do gerente de tecnologia da IBM Brasil sobre a plataforma de modelagem de IA Watson Assistant e decidiu trazer a novidade para o seu negócio. "Apostar em tecnologia está no DNA do escritório", diz. "Sempre investimos (em tecnologia) mesmo que o mercado não acompanhe."

Escritório Urbano Vitalino Advogados aumentou produtividade e eficiência de processos com criação de assistente-robô
Escritório Urbano Vitalino Advogados aumentou produtividade e eficiência de processos com criação de assistente-robô
Foto: Divulgação

Dois meses após a palestra, diz Vitalino Neto, o escritório já tinha feito um contrato com a empresa de computação americana IBM para implantar a IA dentro da advocacia. De setembro até dezembro de 2017, o Urbano Vitalino Advogados aportou R$ 800 mil para desenvolver a assistente de inteligência artificial Carol.

Em um primeiro momento, a função principal da assistente-robô Carol foi automatizar o cadastro de processos de clientes em uma plataforma da empresa. Até hoje, a inteligência artificial recebe as procurações, faz uma varredura procurando informações, como o nome de magistrados e advogados, o número do processo e as documentações das partes, para depois arquivar no sistema da advocacia.

A assistente de inteligência artificial Carol superou o nível de acerto de seres humanos com poucos meses de operação na tarefa de cadastro de processos. "É um trabalho manual muito minucioso e com altos níveis de erro", afirma Vitalino Neto. Entre seres humanos, 26% dos casos arquivados continham erros de digitação ou informação, conta o presidente da advocacia, enquanto que a IA tinha uma porcentagem de 2% de casos com problemas.

O bom desempenho de Carol fez com que a Urbano Vitalino Advogados expandisse a atuação de sua assistente-robô para outros processos da advocacia, como, por exemplo, a redação processual. "A IA sempre trará novidades, então, nunca deixaremos de criar novas aplicações para nosso negócio", diz Vitalino Neto. Para encontrar oportunidades de utilizar a tecnologia dentro da empresa, a empresa instituiu uma reunião mensal para identificar os principais gargalos do escritório.

Desde que Carol começou a atuar em processos da empresa, houve um crescimento no número de clientes e, consequentemente, no volume de processos recebidos pela advocacia. Em menos de dois anos, a Urbano Vitalino Advogados passou de 40.000 processos recebidos por mês para 150.000, uma alta de 275%.

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Fonte: Redação Terra
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