Índia reúne-se com WhatsApp para pedir rastreamento de notícias falsas, diz fonte
Autoridades do Ministério da Tecnologia da Índia se reuniram com executivos do WhatsApp nesta semana para pedir à unidade do Facebook que comece a rastrear as origens da desinformação disseminada em sua plataforma de mensagens, disse uma autoridade do governo nesta sexta-feira.
O WhatsApp vem trabalhando para coibir a circulação do que o ministro da tecnologia Ravi Shankar Prasad chamou de conteúdo "sinistro" na Índia, o maior mercado da empresa, com mais de 220 milhões de usuários.
Essa desinformação levou ao linchamento de mais de 30 pessoas desde janeiro do ano passado, de acordo com o portal de dados IndiaSpend, levando Prasad a pedir ao WhatsApp que rastreie suas origens. O WhatsApp se recusou anteriormente, citando problemas de segurança.
"Pedimos a eles rastreabilidade", disse a autoridade do Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação, recusando-se a ser identificada como a reunião foi privada. "Eles (WhatsApp) não estão comprometidos com isso, mas estamos pressionando essa questão."
O WhatsApp disse que estava trabalhando em medidas para evitar a disseminação da desinformação, de acordo com a autoridade.
O aplicativo diz que permitir a rastreabilidade em seu serviço de mensagens prejudicaria sua natureza privada e a criptografia de ponta a ponta, criando potencial para uso indevido. A empresa também disse que não enfraquecerá a proteção de privacidade que fornece.
A empresa realizou treinamento em alfabetização digital para líderes comunitários e agentes da lei, além de recursos introduzidos em seu aplicativo, como limites no encaminhamento de mensagens e identificação de mensagens encaminhadas. O aplicativo também lançou campanhas publicitárias para conscientizar os usuários sobre os perigos da desinformação.