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Huawei está pronta para enfrentar medidas de segurança para ficar na corrida do 5G

13 fev 2019 - 16h36
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A gigante chinesa de tecnologia Huawei está pronta para enfrentar as medidas de segurança necessárias para continuar na corrida de desenvolvimento de redes 5G na Europa Central e Oriental, disse um executivo da companhia nos Estados Unidos, nesta quarta-feira.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, alertou aliados do país contra o uso de equipamentos da Huawei nesta semana durante uma viagem à região, dizendo que isso tornaria mais difícil para Washington "fazer parceria com eles".

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, se juntou a Pompeo na quarta-feira em uma viagem à Polônia, cujo governo está considerando excluir a Huawei de sua futura rede 5G devido às preocupações levantadas pelos EUA de que a tecnologia da empresa chinesa poderia ser usada para espionagem de Pequim, disseram fontes à Reuters em janeiro.

"O governo dos EUA é muito persistente, muito determinado e muito contundente na comunicação das mensagens sobre a Huawei", disse o vice-presidente de segurança da Huawei nos EUA, Andy Purdy, à Reuters.

A Huawei está pronta para trabalhar com governos sobre quaisquer medidas adicionais, como testar os códigos-fonte dos produtos, algo que poderia ser aplicado a todos os fornecedores de equipamentos de telecomunicações, disse Purdy.

Enquanto isso, na Alemanha, o ministro do Interior, Horst Seehofer, apoiou uma proposta de reforma da lei de telecomunicações do país para endurecer as exigências de segurança dos fornecedores estrangeiros de redes, informou o grupo de jornais RND na terça-feira.

A intervenção de Seehofer aumenta a probabilidade de que a Alemanha aperte a supervisão sobre a Huawei, contornando a pressão dos Estados Unidos para excluir a empresa do processo de instalação de redes 5G no país. A Alemanha pode leiloar frequências para serviços 5G em março.

Purdy afirmou que a Huawei vai colaborar com a Polônia.

"Se o governo decidir nos banir do 5G vamos continuar tomando uma posição de longo prazo, olhando para potenciais vendas de nossos produtos na Polônia ao longo do tempo...acreditamos que em algum momento no futuro poderemos competir nessa área se não derem permissão para fazermos isso agora", disse o executivo.

A Polônia prendeu um funcionário chinês da Huawei e uma ex-autoridade de segurança do país em janeiro sob acusações de espionagem. A Huawei informou no dia seguinte que o funcionário foi demitido.

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